Categoria Geral  Noticia Atualizada em 23-12-2014

França pede calma à população após novo atropelamento de civ
É o 2º atropelamento registrado em 3 dias, além de ataque à delegacia. Dez ficaram feridos em Nantes; motorista se apunhalou depois do acidente.
França pede calma à população após novo atropelamento de civ
Foto: g1.globo.com

Autoridades da França pediram calma à população depois que o país registrou nesta segunda-feira (22) o terceiro ataque em três dias contra civis ou policiais. Desta vez foi em Nantes. Dez pessoas ficaram feridas, duas delas de forma grave, depois que um homem lançou um veículo contra pedestres que estavam em uma feira natalina.
O fato aconteceu depois de outros dois incidentes. Um no domingo (21), quando um motorista atropelou 13 pessoas em Dijon, centro-leste da França, aos gritos de "Alá é grande". Um dia antes, em uma delegacia de Joué-lès-Tours, outro homem feriu três policiais com uma faca e gritou a mesma frase, sendo morto em seguida. Ainda não é possível saber se há alguma relação entre as ocorrências.
Policiais franceses pediram à população que se evite conclusões precipitadas. De acordo com a agência de notícias France Presse, o agressor de Nantes se deu "nove punhaladas" após o acidente, mas de acordo com autoridades, não houve nenhuma reivindicação religiosa.
Uma testemunha contou que o motorista lançou o veículo contra uma barraca que servia o tradicional vinho quente, na frente da qual havia várias pessoas. O homem, ainda não identificado, foi encaminhado para um hospital da região.
Análise dos outros casos
Sobre as investigações do primeiro atropelamento, a promotoria francesa informou que o motorista de Dijon sofre de uma patologia psiquiátrica e, por isso, o ataque não pode ser considerado um ato terrorista.
O francês de 40 anos, de pai marroquino e mãe argelina, foi internado 157 vezes em um hospital psiquiátrico. Ele disse ter agido voluntariamente e sozinho, pensando no sofrimento das crianças da Palestina e da Chechênia.
Já em Joué-lès-Tours, o homem que feriu três homens, um deles no rosto, foi morto pelos agentes logo após o incidente. O agressor é um francês nascido no Burundi, em 1994, e não estava fichado pelos serviços de contraterrorismo. Já seu irmão é conhecido pelas posições radicais e chegou a considerar a ideia de partir para a Síria.
De acordo com a Justiça, "a investigação se orienta para um atentado contra as forças da ordem motivado pelo Islã radical", à semelhança "do modo de ação preconizado pelo grupo Estado Islâmico (EI)".
Repetidas vezes, o EI convocou os muçulmanos em países ocidentais a atacar os "infiéis" – em especial policias e militares – por todos os meios, lembraram as fontes.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir