Categoria Geral  Noticia Atualizada em 24-12-2014

Após título inédito, Medina espera popularização do surfe no
Gabriel Medina iniciou sua carreira como surfista incentivado pelo padrasto, ainda na infância
Após título inédito, Medina espera popularização do surfe no
Foto: www.gazetaesportiva.net

O jovem de apenas 21 anos, na condição de primeiro brasileiro a conquistar o título mundial, deseja que o feito inédito sirva para popularizar a modalidade no País.

"Antes da minha vitória, o surfe não era o esporte principal do Brasil, mas era um deles. Com certeza, agora as portas foram abertas e espero que cresça ainda mais. Já tem aumentado nos últimos cinco anos e tomara que se aproxime do futebol como um dos principais", afirmou.

Nesta temporada, o Brasil contou com sete representantes no WCT, elite do surfe mundial, superando os Estados Unidos (5, sem contar os havaianos) – apenas a Austrália (14) possui mais competidores. Para Medina, a legião nacional pode aumentar ainda mais.

"Temos vários surfistas fazendo uma boa campanha pelo Brasil no WCT. O que realmente falta é as pessoas e marcas acreditarem. Antes, o esporte era visto de forma negativa, achavam que todos fumavam maconha. Hoje, é uma profissão respeitada. Se você quiser ser um atleta, precisa se dedicar e treinar. Está profissional", afirmou.

Gabriel Medina costuma ser acompanhado nas etapas do WCT por Charles Serrano, seu padrasto e mentor, pela mãe e pelos dois irmãos. O fato de o campeão mundial manter sua família por perto durante o campeonato tem impacto positivo na imagem do surfe.

"Existe muita gente com talento aqui. Eu viajo o mundo inteiro. Nos Estados Unidos, vejo toda a molecada com a prancha cheia de patrocinadores. Eles acreditam desde pequeno. Aqui, tem moleques que talvez tenham até mais talento, mas sem patrocínio. A situação do surfe e também de outros esportes no Brasil é difícil", declarou.

O primeiro campeão mundial de surfe da história do País vive e treina em Maresias, praia do município de São Sebastião, um dos celeiros do surfe. Como ídolo, além de fazer com que a modalidade se popularize, ele tem consciência que passou a ser um modelo.

"A responsabilidade é gigante. Sei que muitos moleques e famílias que estão me acompanhando. Vou tentar passar o melhor e ser um bom exemplo. O conselho que dou a todos da nova geração é ter fé e dedicação. Precisa acreditar bastante. É por isso que estou aqui", testemunhou.

Fonte: www.gazetaesportiva.net
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir