Categoria Geral  Noticia Atualizada em 26-12-2014

Criança que passou por transplante de pele tem alta e passa
Trata-se da 1ª cirurgia deste tipo realizada em hospital estadual da Bahia. Garota sofreu acidente com álcool em casa e teve 80% do corpo queimado.
Criança que passou por transplante de pele tem alta e passa
Foto: g1.globo.com

Após seis passar seis meses internada tratando de queimaduras em mais de 80% do corpo, uma menina de sete anos recebeu alta na quarta-feira (24) e pôde passar a noite de natal com a família. Moradora do município de Irará, a 130 quilômetros de Salvador, a criança estava internada no Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, onde passou por uma cirurgia de transplante de pele no dia 28 de novembro deste ano. Essa é primeira vez que uma unidade de saúde estadual realiza uma cirurgia de transplante de pele na Bahia. O primeiro procedimento deste tipo no estado foi realizado em agosto deste ano, mas por meio de um hospital administrado pelo Governo Federal.
De acordo com a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), a menina teve rosto e membros superiores e inferiores queimados após um acidente doméstico com álcool. Ela teve mais de 80% do corpo atingido pelo fogo, sendo que 50% das queimaduras foram de 3º grau. Os primeiros atendimentos foram realizados em um hospital do próprio município de Irará, sendo que a transferência para o HGE ocorreu em junho deste ano.
Além da cirurgia de transplante, a menina já realizou dois enxertos com a própria pele. A próxima enxertia deve ser realizada após as festas de réveillon, em cerca de 15 dias. Durante os seis meses de internamento, os pais da crianças se revezaram nos cuidados da filha.
Tatiana Ferreira, de 36 anos, que é mãe da paciente, está afastada do trabalho de secretária, em Irará, desde o acidente. Nilton César Campos, de 43 anos, que é pai da menina, continua exercendo as atividades de representante comercial, mas tem conseguido conciliar os trabalhos com o acompanhamento da criança.
Por meio de nota, o cirurgião plástico Carlos Bliglia, que também e coordenador do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do HGE, disse que a perspectiva é de que cirurgias de transplante de pele sejam mais frequentes no estado. "Cirurgias como esta serão muito mais frequentes com o hospital novo [HGE2], porque vamos ampliar o serviço", explicou.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir