Categoria Geral  Noticia Atualizada em 29-12-2014

Fora do coma e recuperação em casa: Schumacher, um ano após
No final de 2013, ex-piloto alemão caiu enquanto esquiava e bateu com a cabeça em uma rocha, sofrendo um traumatismo craniano
Fora do coma e recuperação em casa: Schumacher, um ano após
Foto: www.foxsports.com.br

Heptacampeão mundial de Fórmula 1, Michael Schumacher disputa há um ano outra corrida: a para voltar a ter uma vida normal. No dia 29 de dezembro de 2013, o ex-piloto sofreu um traumatismo craniano depois de cair enquanto esquiava nas montanhas da região de Méribel, na França. Por conta do acidente, o alemão passou nove meses internado, sendo seis dele em coma.

"O tempo em que ele (Michael Schumacher) ficou em coma realmente traz um risco de sequela maior. Apesar de não conhecer o caso individualmente, imagino que ele tenha um risco alto de ter alguma sequela, algum tipo de dificuldade neurológica. Porque nesse tipo de evolução, o tipo de trauma, o grau de investimento, a cirurgia nos primeiros dias, o tempo de coma e hospitalização, tudo isso são fatores que trazem um mau prognóstico", explicou o neurologista Leandro Teles, ao FOXSports.com.br.

A pedido da família de Schumacher, a assessora do ex-piloto, Sabine Kehm, forneceu poucas informações sobre o estado de saúde do heptacampeão. Em entrevista à rádio francesa Europe 1, Philippe Streiff, ex-Fórmula 1 e amigo do alemão, afirmou que Schumi está paralisado e em uma cadeira de rodas, não consegue falar e enfrenta problemas de memória.

De acordo com Teles, mesmo que as informações de Streiff sejam verdadeiras, isso não significa que Schumacher não conseguirá se recuperar. "No caso de um trauma complexo, em que as pessoas ficam em coma induzido, considero em torno de um ano e meio, dois anos, um tempo razoável para chamar algo de sequela. Até um ano e meio, dois anos, é bem possível que haja alguma evolução. A partir daí, o processo realmente é muito lento".

Próximo de completar 46 anos, Michael Schumacher ainda não sabe se conseguirá se recuperar completamente do trauma. Mas sua vida de esportista pode ajudá-lo nessa batalha. "A lesão neurológica dele foi grave, o cérebro dentre os órgãos do corpo é aquele que menos se regenera, mas o fato de ele ser um atleta de alta performance o torna mais resistente", completa Teles.


Fonte: www.foxsports.com.br
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir