Categoria Geral  Noticia Atualizada em 03-01-2015

Reino Unido. Príncipe André acusado de escravatura sexual
Duque de York é um dos vários suspeitos de terem sexo com menores que lhes foram "oferecidas" por multimilionário norte-americano
Reino Unido. Príncipe André acusado de escravatura sexual
Foto: www.ionline.pt

Jeffrey Epstein, um multimilionário norte-americano que em 2008 foi condenado por solicitação de sexo a uma menor, está no epicentro deste novo escândalo sexual nos Estados Unidos que envolve também o príncipe André, duque de York.

Uma das mulheres que apresentaram queixas contra o banqueiro de investimento disse num tribunal da Florida que foi obrigada a ter relações sexuais com o membro da família real britânica "várias vezes" enquanto ainda era menor, ao ter sido "escrava sexual" de Epstein, que está a ser acusado de "oferecer mulheres" a amigos.

A acusação está integrada num novo documento que a equipa de defesa da mulher apresentou ontem ao juiz que tem a cargo o longo processo contra o multimilionário americano, que foi condenado por ter sexo com uma menor para evitar ser julgado pelos crimes de que é acusado há vários anos.

Na moção ontem apresentada pela mulher, que para já se mantém no anonimato, é alegado que esta foi abusada sexualmente de forma repetida, entre 1999 e 2002, por Epstein, que a terá também "emprestado" a amigos ricos e poderosos em várias partes do mundo, numa lista na qual André está incluído. A mulher "foi obrigada a ter relações sexuais com o príncipe quando ainda era menor", em Londres, Nova Iorque e numa ilha caribenha privada que pertence ao banqueiro, lê-se no documento judicial a que o "The Guardian" teve acesso.

Não é a primeira vez que André é acusado de abuso sexual. Num artigo de 2011 da edição americana da "Vanity Fair", o príncipe já tinha desmentido contacto sexual com jovens mulheres perante o escândalo em torno de Epstein, com o qual mantém amizade há vários anos.

Contactado pelo jornal britânico, o Palácio de Buckingham recusou-se ontem a comentar as alegações inseridas na moção judicial, com um porta-voz da família real britânica a dizer apenas que "nunca comentarão um processo judicial a decorrer". Horas depois, a casa real britânica desmentia as acusações em comunicado.

Alan Dershowitz, professor de Direito na Universidade de Harvard e outro amigo de Epstein acusado de abuso sexual da mesma mulher quando esta tinha 17 anos, disse ontem ao "The Guardian" que as acusações são completamente falsas.

"Esta pessoa inventou tudo de forma maliciosa para extorquir dinheiro ao senhor Epstein", declarou o advogado, o mesmo que aconselhou o banqueiro antes de este ter sido interrogado pelo FBI em 2009. Dershowitz é um dos vários homens citados no novo documento, não só por ter tido sexo com a mulher, mas por ter assistido ao abuso sexual de outras menores.

Fonte: www.ionline.pt
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir