Categoria Geral  Noticia Atualizada em 12-01-2015

Papa pede a líderes muçulmanos que condenem extremismo
O papa Francisco voltou a pedir hoje aos «dirigentes religiosos, políticos e intelectuais, especialmente muçulmanos» que condenem «qualquer interpretação fundamentalista e extremista da religião que justifique» a violência.
Papa pede a líderes muçulmanos que condenem extremismo
Foto: diariodigital.sapo.pt

O pontífice condenou «o terrorismo» e afirmou que «o fundamentalismo religioso, antes mesmo de descartar seres humanos perpetrando horrendos massacres, rejeita Deus, relegando-o a um mero pretexto ideológico».
O discurso do papa foi feito durante um encontro realizado no Vaticano com membros do Corpo Diplomático credenciado na Santa Sé.
O pontífice referiu-se ao massacre cometido a 7 de Janeiro contra o semanário francês Charlie Hebdo, no qual 12 pessoas foram assassinadas, por criticar a «cultura que rejeita o outro, que destrói os vínculos mais íntimos e autênticos, desfaz e desagrega toda a sociedade e gera violência e morte».
«Há um tipo de rejeição que nos afecta todos, que nos leva a não ver o próximo como a um irmão a quem acolher, mas a deixá-lo fora do nosso horizonte pessoal de vida, a transformá-lo em adversário, num súbdito a quem dominar», lamentou o bispo de Roma.
«Essa é a mentalidade que gera a cultura do descartamento, que não respeita nada nem ninguém: desde os animais aos seres humanos, e inclusivamente o próprio Deus. Daí nasce a humanidade ferida e continuamente dividida por tensões e conflitos de todo tipo», afirmou.
Além disso, o papa voltou a lembrar os 132 estudantes que morreram em Dezembro numa escola de Peshawar, no noroeste do Paquistão, num ataque talibã, facto que qualificou como uma «crueldade nunca vista».
«Desejo expressar de novo os meus pêsames às suas famílias e assegurar-lhes a minha oração pelos muitos inocentes que perderam a vida», disse.

Fonte: diariodigital.sapo.pt
 
Por:  Ingrid Leitte    |      Imprimir