Categoria Geral  Noticia Atualizada em 12-01-2015

O Big Brother dos medicamentos
Com investimento do BTG Pactual, o empres�rio paulista Amilcar Lopes aposta em empresa de rastreamento de rem�dios.
O Big Brother dos medicamentos
Foto: istoedinheiro.com

A partir do ano que vem, cada medicamento, seja em caixa, seja em ampola ou cartela, dever� sair de f�brica com um c�digo para rastreamento. A determina��o da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa), publicada no fim de 2013, exige que mais de 400 laborat�rios em opera��o no Brasil iniciem, j� neste ano, os testes para monitoramento de seus produtos. Na pr�tica, o fabricante dever� ter o controle total de cada unidade, desde a linha de produ��o at� a casa do consumidor.

De olho nessa gigantesca oportunidade de neg�cio, em um mercado que movimentou R$ 60 bilh�es no ano passado, o banco de investimento BTG Pactual desembolsou R$ 17 milh�es, nos �ltimos dois anos, na estrutura��o da empresa Rastreabilidade Brasil (R&B), idealizada pelo empres�rio Amilcar Lopes, ex-presidente da �guas Petr�polis Paulista. "Foi uma aposta feita antes mesmo de a norma sair", afirma Lopes, fundador e CEO da empresa. "� algo que est� acontecendo em todo o mundo e n�o seria diferente no Brasil."

O primeiro contrato da R&B foi fechado, no ano passado, com a paulista Libbs, onde o sistema de rastreamento j� est� em implanta��o. "Temos v�rios testes ainda este ano em outras companhias", afirma Lopes. Entre os laborat�rios que negociam a contrata��o da tecnologia da R&B est�o Hypermarcas, Eurofarma, EMS e Ach�. A empresa oferecer� um sistema completo, que vai desde a impress�o do c�digo bidimensional � Identificador �nico de Medicamento (IUM) � at� o software de monitoramento usado pelas ind�strias e pela Anvisa.

No varejo, por meio de aplicativo de smartphone, o consumidor poder� se certificar de que o medicamento est� apropriado para consumo, seja pela data de validade, seja por sua origem. Para a ind�stria, o rastreamento vai permitir acompanhar o medicamento desde a sua elabora��o, passando pelos distribuidores, farm�cias, hospitais ou, no caso de compras p�blicas, nos postos de sa�de. "Funciona como um sistema de check-in e check-out, no qual um leitor vai transmitir direto para o sistema a chegada e a sa�da do produto", diz Lopes.

Com isso, espera-se conseguir o m�ximo de informa��o do caminho percorrido pelo medicamento e em qual elo da cadeia pode ter havido algum problema, como perda, desvio ou at� roubo. "Para a ind�stria, essa informa��o ajudar� at� na gest�o dos prazos de validade dos produtos que est�o nas farm�cias e nos distribuidores", afirma o CEO. Para a consultora de �rea de sa�de da Frost & Sullivan, Rita Ragazzi, o maior beneficiado ser� o consumidor. "Ele poder� consultar na hora da compra se aquele rem�dio � adequado para o consumo e denunciar em caso de problemas", afirma.

Fonte: istoedinheiro.com
 
Por:  Ingrid Leitte    |      Imprimir