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Vítima de acidente durante rapel no RS era experiente

Duas pessoas morreram após grupo ser atacado por abelhas em Maquiné. Ronei Marcelino Pinto, uma das vítimas, adorava esportes radicais.
Vítima de acidente durante rapel no RS era experiente

Foto: g1.globo.com

Uma das duas vítimas do acidente com praticantes de rapel em Maquiné, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, é descrito por familiares como um apaixonado por esportes radicais e experiente na descida de paredões. Ronei Marcelino Pinto, 47 anos, e um colega morreram no sábado (24) após despencarem de uma altura de cerca de 50 metros. Outras cinco pessoas ficaram feridas.

Além de Ronei, também morreu no acidente um homem identificado como Jean Carlos Machado Lopes, de 40 anos. Segundo a Brigada Militar, eles estavam em um grupo de sete pessoas que foi atacado por um enxame de abelhas durante a descida do paredão, na localidade de Barra do Ouro, em uma área de mata fechada (veja vídeo do resgate).

A filha de Ronei, Samanta, conta que o pai praticava a atividade com frequência há alguns anos. Na última vez, em dezembro, os dois haviam descido juntos um viaduto no município de Vespasiano Corrêa, no Vale do Taquari.

"Ele gostava bastante, praticava há tempo. Também mergulhava, corria. Era muito ativo, praticava esportes. Antes dessa vez, em dezembro, eu pratiquei junto com ele e um amigo. Tinha sido a última vez que ele tinha praticado rapel", relatou a jovem de 21 anos.

Samanta afirma que o pai avisou, na última quinta-feira (22), que iria descer o paredão de Maquiné com um grupo novo. Ele havia prometido dar notícias no sábado (24) à noite, o que não ocorreu. A notícia da morte veio através de um colega de trabalho do homem.

"Eu não conheço o pessoal que estava com ele, porque ele só comentou que iria com esse grupo. Achamos estranho quando ele não apareceu no sábado, mas já havia acontecido dele voltar depois do prometido em outras vezes. Hoje eu liguei para o celular e deu desligado, até que um colega de trabalho dele nos avisou da notícia", contou, ainda muito abalada.

Ronei trabalhava em uma empresa de telefonia em Porto Alegre. A data e o horário do sepultamento ainda não estão definidos. Os corpos dele e de Jean seguem no local do acidente devido à dificuldade de acesso e ao mau tempo. A Brigada Militar afirma que a operação de resgate deverá ocorrer nesta segunda-feira (26).

O acidente
O acidente ocorreu por volta das 15h no sábado (24) no local conhecido como Cascata da Melissa. De acordo com funcionários da pousada onde o grupo estava hospedado, o paredão tem cerca de 150 metros de altura. Os sete praticantes de rapel saíram para o paredão na manhã de sábado (24), mas não retornaram.
Segundo a Brigada Militar, integrantes do grupo contaram que o ataque das abelhas ocorreu quando eles se preparavam para o último trecho da descida. As duas vítimas teriam caído de uma altura de cerca de 50 metros. As circustâncias da queda, porém, ainda não estão totalmente esclarecidas, segundo a polícia.
O sobrevivente Maicon da Silva Silva relatou à polícia que após a queda dos dois companheiros o restante do grupo, para fugir das abelhas, desceu pela corda de 42 metros de comprimento e depois pulou para o chão. Após o acidente, ele e Flávio caminharam durante 15 horas na mata fechada até conseguirem acionar o socorro, na manhã de domingo (25).
Uma operação de resgate foi montada na pousada. Por volta das 12h, um helicóptero do Batalhão de Aviação da Brigada Militar terminou de remover os três feridos que ficaram no fundo do cânion. Bombeiros e ambulâncias do Samu encaminharam o grupo para hospitais de Capão da Canoa e Tramandaí.

Além de Maicon, de 31 anos, os feridos foram identificados como Flavio Rodrigo da Rosa Lopes, 37, João Batista Moreira Dias, 42, Roberto Schuster, 73, e Luciano Souza, sem idade confirmada. Eles sofreram ferimentos como fraturas e picadas de abelhas. Até as 20h de domingo (25), os dois últimos permaneciam internados em hospitais.

Fonte: g1.globo.com

Por: Ludyanna Ferreira | Imprimir