Em 1945, o exército soviético libertou o campo de concentração.
No local, símbolo do holocausto, mais de 1 milhão de judeus morreram.
Foto: g1.globo.com Na Polônia, uma cerimônia marcou os 70 anos da libertação do campo de extermínio de Auschwitz pelo exército soviético. O local, onde mais de 1 milhão de judeus foram assassinados, se tornou o maior símbolo do holocausto.
A tenda gigante foi montada em um lugar simbólico: a entrada do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau era o ponto final do trem que trazia os prisioneiros. Muitos chefes de Estado participaram de uma cerimônia para homenagear as vítimas do holocausto, ao lado de 300 sobreviventes.
A escritora polonesa, Halina Birenbaum, que viveu no campo quando era criança, disse que não pode esquecer o que aconteceu ali porque é só na memória que a família dela, exterminada no campo, ainda existe.
O presidente polonês, Bronislaw Komorowski, disse que os nazistas transformaram a Polônia em um cemitério de judeus.
Calcula-se que entre 1,1 milhão e 1,5 milhão de pessoas, a maioria judeus, foram mortas no conjunto de campos de Auschwitz durante a Segunda Guerra Mundial.
No fundo do campo, ficavam os alojamentos dos prisioneiros. Quando os soviéticos chegaram em Auschwitz, encontraram apenas sete mil vivos. Dias antes eles foram submetidos a uma última crueldade pelos os nazistas: 60 mil foram obrigados a marchar no frio e na neve em direção a outros campos. Muitos morreram. Era uma tentativa de apagar as evidências do holocausto.
Mesmo assim, Auschwitz, o maior de todos os campos, ficou como um símbolo do horror nazista.
A cerimônia dos 70 anos da liberação de Auschwitz foi marcada pela preocupação com o crescente anti-semitismo na Europa.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, não veio a polônia, mas, em nota, afirmou que o recente ataque a um supermercado judaico em Paris, em que quatro judeus morreram, é uma dolorosa lembrança de que temos que condenar e combater o anti-semitismo em todas as suas formas, inclusive a negação do holocausto. Algo que os sobreviventes não querem deixar que o mundo esqueça.
Fonte: g1.globo.com
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