Categoria Geral  Noticia Atualizada em 28-01-2015

APO divulga atualização da Matriz de 2016 com aumento
Recursos de 56 projetos associados exclusivamente à organização e realização do evento era de R$ 6,5 bilhões e saltou para R$ 6,6 bilhões, ou seja, progresso de 1,4%
APO divulga atualização da Matriz de 2016 com aumento
Foto: globoesporte.globo.com

A Autoridade Pública Olímpica (APO) divulgou nesta quarta-feira a atualização da Matriz de Responsabilidades dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. A diferença para a última, de julho de 2014, é que a nova relaciona 56 projetos associados exclusivamente à organização e realização do evento ao invés de 52. Desse total, 42 projetos (75%) estão com valor e prazos definidos, somando R$ 6,6 bilhões. Em comparação com a anterior, quando os recursos totalizavam R$ 6,5 bilhões, houve um progresso de 1,4%, ou seja, aumento de R$ 100 milhões. Assim, o orçamento total chega a R$ 37,9 bilhões (R$ 7 bilhões do Comitê Rio 2016; R$ 6,6 bilhões em arenas; e R$ 24,1 bilhões do legado). No lançamento, em janeiro de 2014, de um total de 52 projetos, 24 tinham valor e prazos definidos (46%), totalizando R$ 5,6 bilhões.
Mais do que a diferença de R$ 100 milhões, o presidente da APO, general Fernando Azevedo e Silva, destacou a evolução do nível de maturidade no último ano, principalmente da área de Deodoro, e a matriz energética, que está pronta.

- Em um ano, a Matriz mostrou avanços significativos na preparação dos Jogos, resultado do trabalho feito de forma integrada pelos entes governamentais. Nesta atualização não importa a evolução orçamentária, mas o nível de maturidade de Deodoro, que saiu de 3, da assinatura dos contratos, para 4, da execução das obras. Os contratos foram assinados e teve uma redução de valor.

Entre os principais destaques da atualização, estão os avanços na construção e adequação de instalações do Complexo Esportivo de Deodoro e em projetos de energia dos Jogos. Foram adicionados cinco projetos de energia: dois no campo de golfe, dois na área de Copacabana e um no Riocentro. O entorno do Engenhão deixou a Matriz de Responsabilidades para fazer parte do Plano de Políticas Públicas. Ao longo do ano, 86% dos projetos da Matriz apresentaram evolução no nível de maturidade ou na definição de responsável pelos recursos.

A maior parte dos investimentos, R$ 4,24 bilhões (64%), vem do setor privado. O restante, R$ 2,37 bilhões (36%), é proveniente do setor público. A próxima atualização da Matriz está prevista para julho deste ano.

- Entramos na reta final. O foco será a operação e os serviços relacionados aos Jogos - diz o presidente da APO.
A primeira versão da Matriz foi apresentada no dia 28 de janeiro do ano passado, no valor de R$ 5,64 bilhões. No dia 29 de julho, a primeira atualização elevou os gastos para R$ 6,5 bilhões.

No dia 19 de novembro de 2013, o general Fernando Azevedo e Silva tomou posse da Autoridade Pública Olímpica (APO), entidade interfederativa criada naquele ano para integrar e monitorar os compromissos dos governos municipal, estadual e federal em relação às obras das Olimpíadas de 2016. Era uma entidade esvaziada, cujo presidente anterior, Márcio Fortes, havia deixado o cargo em agosto do ano passado. A existência da APO chegou a ser questionada publicamente pelo prefeito Eduardo Paes.

Na ocasião havia a pressão pelo lançamento da Matriz de Responsabilidades, documento que indica quem financia e quem executa as obras, no qual estaria a primeira parcial de gastos com os Jogos. A primeira versão foi lançada em janeiro de 2014. Dois meses depois veio o Plano de Políticas Públicas, que lista as construções que não estão diretamente ligadas às Olimpíadas, como a linha 4 do metrô e o anel rodoviário. Os 24 projetos somavam um valor de R$ 24,1 bilhões na ocasião. Não há uma previsão para atualização deste valor. Junto com o orçamento do Comitê Rio 2016, de R$ 7 bilhões, chega-se ao valor total dos Jogos Olímpicos de 2016: R$ 37,7 bilhões.


Fonte: globoesporte.globo.com
 
Por:  Ludyanna Ferreira    |      Imprimir