Categoria Geral  Noticia Atualizada em 29-01-2015

Exame do Cremesp reprova 55% dos alunos recém-formados
Índice é menor do que o do ano anterior, de 59,2%. Reprovação não impede obtenção do diploma e exercício da profissão.
Exame do Cremesp reprova 55% dos alunos recém-formados
Foto: g1.globo.com

Dos 2.891 recém-formados em medicina que fizeram o exame do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) em outubro 2014, 1.589 estudantes, ou seja, 55% do total, foram reprovados. O índice é menor do que o registrado ano passado, quando 59,2% não acertaram 60% das questões e foram reprovados, e maior do que em 2013, que teve índice de 54,2%.

O exame do Cremesp de 2014 apontou também que a reprovação foi maior entre os formados em instituições de ensino privadas (65,1%). Entre os alunos de escolas públicas, o índice foi de 33%.
Com abstenção de apenas 0,9%, o número de participantes foi o maior desde que o exame começou a ser aplicado, há dez anos.

Todo estudante que se formou em medicina e quer se inscrever no conselho paulista precisa fazer o exame para poder tirar o registro do CRM (Conselho Regional de Medicina) e atuar como médico no estado. Apesar de ser um exame obrigatório, mesmo quem for reprovado também pode obter o registro.

Isso porque, por força de lei, o conselho não pode condicionar o registro médico ao resultado de uma prova. Para tanto, seria preciso uma lei federal, como acontece com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Formados erraram questões fáceis
Segundo critérios da Fundação Carlos Chagas (FCC), que aplicou o exame, 33% das questões foram consideradas "fáceis", 4,6% foram "muito fáceis" e 32,4%, "médias". As demais questões (29,6% do total) eram "difíceis".

O Cremesp afirma que os recém-formados erraram questões básicas sobre atendimento inicial de vítima de acidente automobilístico, atentado de vítima de ferimento por arma branca, pneumonia, pancreatite aguda e pedra na vesícula.

Por exemplo, dois a cada três candidatos erraram o diagnóstico de uma lactante de seis semanas com tosse leve há dez dias, sem febre e com a respiração acelerada. Este mesmo percentual não soube avaliar o risco operatório para uma mulher com pedra na vesícula, diabética, hipertensiva e com histórico de angina (estreitamento de artérias que provoca dor no peito) durante esforços moderados.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Ludyanna Ferreira    |      Imprimir