Categoria Geral  Noticia Atualizada em 29-01-2015

AIDS: falta de divulgação contribui para aumento dos infecta
Não há mais ações de conscientização para portadores e não portadores sobre o preservativo
AIDS: falta de divulgação contribui para aumento dos infecta
Foto: jdia.com.br

De acordo com a Coordenadoria Estadual de DST/AIDS, o número de pessoas infectadas com AIDS no Estado sofreu aumento no ano passado, comparado com o ano de 2013. O aumento que está atingindo a marca de 22,2% serve de alerta para quem pensa que é imune à doença que dizima mundialmente.

A maior dificuldade é que a mídia não vem mais divulgando a ação de prevenção para conscientizar os portadores e não portadores a utilizarem o preservativo e não contraírem o vírus, apesar de a saúde nacional estar em jogo, muito pouco é feito em termo de divulgação midiática. O estado afirma que já foi sugerida ações, mais que ainda não poderão ser tomadas por falta de verba não disponibilizada. "Já levamos ao estado e já foi conversado com o Ministério da Saúde, mas, temos que ver que a verba só vai ser liberada em fevereiro, então teremos que usar a princípio o que temos. E quanto à conscientização por meios midiáticos não há como responder no momento", declara Silvia Maués, Técnica do programa de DST/AIDS no estado.

Mesmo com a aproximação do carnaval pouco se faz com relação à divulgação nos veículos de comunicação, não se vê tanto a nível estadual como federal, porém o programa DST/AIDS ressalta que há atividades o ano todo e que por isso não há lacuna na propagação da prevenção. "A coordenação trabalha com campanhas o ano todo, em atividades festivas e datas comemorativas, estamos lá abordando o tema, porque envolve bebidas e aspectos de conduta sexual e é uma oportunidade de estarmos levando a prevenção", afirma Silvia.

A AIDS em número no país
Entre 1980 e junho de 2012, segundo dados do Ministério da Saúde (MS), foram registrados 656.701 casos de Aids no Brasil, média de 36 mil casos por ano. Já em relação aos óbitos, são registrados 11,5 mil por ano. A epidemia brasileira é concentrada nas populações em situação de vulnerabilidade (homens que fazem sexo com homens -HSH-, travestis, profissionais do sexo e usuários de drogas) é o que informa o órgão responsável.
O Ministério da Saúde estima que mais de 530 mil pessoas vivam com HIV/Aids no país desde 2014, e que desse quantitativo 135 mil não sabem ou nunca fizeram o teste rápido que tem sido a principal estratégia para o acesso ao diagnóstico durante o pré-natal, na atenção básica de saúde, e constitui o maior investimento realizado pelo MS.
A abrangência de testagem anti-HIV em gestantes (2010/2011) era de 84% no ano passado e o governo planeja oferecer testes para 100% das gestantes ainda este ano.

De 2002 a 2011, O Brasil reduziu em 25% a incidência de Aids em menores de 5 anos. Sobre o acompanhamento da doença, no Brasil, 217 mil das mais de 530 mil pessoas têm acesso ao tratamento de forma gratuita. O Brasil fabrica 11 dos 20 medicamentos ARV usados no tratamento do HIV/Aids. Essa área responde por R$ 780 milhões do R$ 1,2 bilhão de recursos destinados ao combate às DST/Aids. Em relação à prevenção, desde 2008, o País produz suas próprias camisinhas masculinas (100 milhões por ano) e as distribui gratuitamente.

Bloco da Camisinha pretende reunir dois mil brincantes

Com o carnaval batendo na porta, os preparativos para o Bloco da Camisinha organizado pelo poder municipal se intensificam. O bloco, que já é presença tradicional nos últimos dez anos de carnaval, pretende levar nesse ano mais de dois mil brincantes para o corredor da folia Ivaldo Veras, abrindo o primeiro dia do desfile das escolas de samba, no sábado, 14 de fevereiro.

No ano passado, o bloco desfilou com mais de mil brincantes, que se divertiram e transmitiram a mensagem de prevenção à Aids e da importância do uso da camisinha. Além disso, realizou a tradicional distribuição de preservativos masculinos e femininos.
Segundo Jean Trindade, organizador do Bloco da Camisinha, para este ano, duzentos mil preservativos serão distribuídos nos principais eventos do carnaval. "Serão 4 dias de programação, em que a coordenação de DST/Aids estará envolvida e preparadaw especialmente para receber os foliões com muita animação e segurança", enfatizou Jean.

Além de participar do primeiro dia de desfile no sambódromo, a coordenação de DST/Aids distribuirá preservativos no tradicional bloco de sujos, A Banda, e no futebol à fantasia realizado pela Associação de Casados e Solteiros, na Praça Nossa Senhora da Conceição.

Fonte: jdia.com.br
 
Por:  Ludyanna Ferreira    |      Imprimir