Categoria Vírus & Cia  Noticia Atualizada em 05-02-2015

Chuvas no Sudeste e Centro-Oeste foram mais fracas dos últim
Risco de faltar energia superou o limite de segurança do governo. Informações estão no relatório do comitê de monitoramento do setor elétrico.
Chuvas no Sudeste e Centro-Oeste foram mais fracas dos últim
Foto: g1.globo.com

As chuvas de janeiro na região Sudeste e Centro-Oeste, foram as mais fracas dos últimos 84 anos. O risco de faltar energia superou o limite de segurança do próprio governo. As informações estão no relatório do comitê de monitoramento do setor elétrico.

O nível das represas do Sudeste e Centro-Oeste chegou ao limite. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) em janeiro deste ano, a choveu apenas 38% da média. É o pior índice já registrado desde que o levantamento teve início, em 1931. O problema é que as hidroelétricas dessas duas regiões respondem por 70% da eletricidade produzida no Brasil.
Ontem (4), em Brasília, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico revelou que o risco de faltar energia no Sudeste e Centro-Oeste superou o limite estipulado pelo próprio governo, que é de 5%. Agora esse risco chegou a 7,3%. O ministro das Minas e Energia reconhece que a crise é grave, mas por enquanto, ele evita falar em racionamento.
"Nós estamos fazendo vários esforços e varias ações planejadas, organizadas para que nós possamos superar esses desafios. No momento nós podemos garantir o suprimento de energia para o país", fala o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga.
O ex-presidente da Eletrobras, Luiz Pinguelli Rosa, diz que os reservatórios das hidroelétricas do Sudeste e Centro-Oeste só tem água para mais um mês de geração de energia e que não há como escapar de um racionamento.

"O valor vem diminuindo já há uns quatro anos, progressivamente. Cada ano menor e isto motivo inclusive uma comunicação nossa ao Ministério de Minas e Energia alertando que seria interessante uma política de poupar o uso das hidrelétricas", fala o diretor da Coppe/UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa.
A falta de chuvas é provocada por um bloqueio atmosférico. Um sistema de alta pressão que forma uma espécie de parede invisível, que impede a passagem das frentes frias que vem do Sul e da umidade que vem da Amazônia.

"O sistema inibe a chuva na maior parte de janeiro, ele iniciou no final de dezembro", fala a meteorologista do Cemaden, Anna Bárbara de Melo.

A boa notícia é que esse paredão está enfraquecendo. E, quando ele vai embora, quem chega é a tão esperada chuva.

"Esse sistema de alta pressão já perdeu configuração desde os últimos 10 dias de janeiro. A gente vai ter chuvas e inclusive em algumas áreas volumosas sobre o leste de São Paulo, inclusive sobre a faixa litorânea", fala o meteorologista do INPE, Gustavo Escobar.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Ludyanna Ferreira    |      Imprimir