Em 2008, em meio à pior seca da Espanha em 60 anos, Barcelona recorreu a uma forma inédita – e drástica – de abastecimento: importar água.
Foto: bbc.co.uk Por seis meses, dez navios-tanque chegaram regularmente ao porto, carregando 28 milhões de litros cada, trazidos de uma cidade próxima, Tarragona, e de Marselha, na França. A um custo de 22 milhões de euros por mês em valores da época, a iniciativa era suficiente para atender 12% da demanda de seus 5,5 milhões de habitantes, enquanto a crise perdurasse.
Barcelona não é um caso isolado. O que na Espanha foi uma solução extraordinária para uma seca extrema é uma medida permanente em localidades onde a falta d’água é um problema constante.
As cidades-Estado de Hong Kong e de Cingapura dependem, respectivamente, da China e da Malásia para seu abastecimento por meio de dutos. Também a Jordânia, especialmente a capital, Amã, de Israel. Nos Estados Unidos, a cidade de Los Angeles recebe 90% da água que consome do Estado do Colorado, a 640 km de distância.
Diante da crise hídrica sem precedentes pela qual passa São Paulo - e da perspectiva de que o Sistema Cantareira, que abastece 6,2 milhões de pessoas na região metropolitana paulista, posse secar em julho se as chuvas se mantiverem abaixo da média, de acordo com o Centro de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden) -, surge a pergunta: importar água seria uma solução viável para São Paulo?
Fonte: bbc.co.uk
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