Categoria Geral  Noticia Atualizada em 12-02-2015

Após chacina, conselheiros do Triângulo fazem paralisação
Medida ocorre a nível nacional em luto por crime em Pernambuco. Apenas serviços de urgência são feitos nesta quinta-feira (12).
Após chacina, conselheiros do Triângulo fazem paralisação
Foto: g1.globo.com

A chacina envolvendo três conselheiros tutelares em Poção, no estado de Pernambuco, mobilizou a categoria que, em solidariedade às vítimas, faz uma paralisação nesta quinta-feira (12). As unidades do Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente de Uberlândia e Uberaba também aderiam ao movimento e atendem em esquema de plantão apenas as demandas de emergência.
Em Uberaba, a sede do Conselho amanheceu com faixas pretas na janela e no portão indicando luto em sinal às vítimas do crime. Os 15 conselheiros da cidade, além dos funcionários administrativos se solidarizaram e retornam às atividades normais nesta sexta-feira (13).

As três unidades de Uberlândia também fazem a paralisação prestando os atendimentos apenas de emergência, segundo confirmado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Trabalho. Com exceção dos casos específicos, as equipes trabalham em esquema de plantão, por telefone.
O G1 entrou em contato com dois Conselhos Tutelares da cidade para saber mais informações sobre o assunto, mas ninguém atendeu às ligações. O contato com os Conselhos podem ser feitos pelos telefones de plantão (34) 9991-1913 ou (34) 9993-0005.
O caso
Três conselheiros tutelares e uma mulher de 62 anos foram mortos em uma chacina na noite da sexta-feira (6) em Poção, no Pernambuco, a 240 quilômetros de Recife (PE). As vítimas estavam em um carro do Conselho Tutelar junto a uma menina de três anos, que foi a única sobrevivente do crime. Eles haviam saído da casa da avó paterna da criança, situada em Arcoverde, no Sertão, a cerca de 70 quilômetros de Poção. Segundo o avô materno, João Batista, as famílias dividiam a guarda da criança. O pai e a avó paterna cuidavam dela durante a semana e, nos finais de semana, a menina ficava com os avós maternos.
As primeiras informações obtidas pela Polícia Militar (PM) apontam para uma emboscada contra as vítimas, na estrada do Sítio Cafundó, por onde os cinco passavam de carro. "Primeiro, atiraram no motorista, depois nas mulheres que estavam no banco de trás e à queima roupa em um deles [conselheiro] que tentou escapar", informou a PM ao G1. A PM comunicou, no sábado, que nem o pai nem a avó paterna foram localizados. A mãe da criança já é falecida, segundo a corporação.
Os conselheiros eram Carmem Lúcia da Silva, de 38 anos, José Daniel Farias Monteiro, de 31, e Lindenberg Nóbrega de Vasconcelos, de 54. A Polícia Civil informou que o inquérito está sob sigilo para não comprometer as investigações e que não divulgará informações sobre o caso.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir