Categoria Geral  Noticia Atualizada em 14-02-2015

Safra de soja menor no Brasil, mas ainda recorde
Os danos causados pelo período seco em janeiro em áreas do Centro-Oeste deverão reduzir o potencial da safra brasileira de soja, mas sem ameaça à perspectiva de uma colheita recorde este ano, mostra uma pesquisa feita pela Reuters junto a 17 consultorias
Safra de soja menor no Brasil, mas ainda recorde
Foto: www.jb.com.br

A média das projeções indica uma safra para 2014/15 de 93.4 milhões de toneladas de soja, bem acima das 86.1 milhões de toneladas da estimativa oficial do governo para a temporada 2013/14.

Um mês atrás, em 9 de janeiro, levantamento semelhante mostrou que a safra atual atingiria 94.5 milhões de toneladas, na média de 16 fontes consultadas.

A Conab divulgou nesta quinta-feira (12) relatório em que reduziu sua estimativa para a safra de soja em 1.34 milhão de toneladas, para 94.58 milhões de toneladas.

Houve uma revisão para baixo do potencial produtivo especialmente em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Bahia, onde o clima seco e as altas temperaturas geraram maior prejuízo às lavouras. Por outro lado, as boas condições verificadas no Sul do País tendem a proporcionar melhores rendimentos no campo neste ano.

As estimativas para a safra de soja variam de 91 milhões a 95.2 milhões de toneladas.

Safra de milho menor

Para o milho, a pesquisa da Reuters com 11 fontes indica uma safra de 75.9 milhões de toneladas em 2014/15, contra as 80.05 milhões de toneladas da estimativa oficial para 2013/14.

A condição de chuvas abaixo da média em diversas regiões no mês de janeiro e novos dados de satélite indicam reduções na produtividade em Goiás, oeste de Minas Gerais e sul de Mato Grosso do Sul.

As estimativas para o milho variam bem mais do que as da soja, entre outros motivos porque a segunda safra do cereal ainda não está bem definida, nem em área, já que o plantio está apenas começando, nem em produtividades, uma vez que as chuvas necessárias não são uma certeza.

As projeções para o milho variam de 72.8 milhões a 80 milhões de toneladas.

Em Mato Grosso (principal produtor de milho segunda safra), onde o solo está mais seco que o usual, a continuidade do tempo seco pode desencorajar produtores a expandir o plantio de segunda safra e impor riscos de perda de alta produtividade, caso as precipitações continuem baixas no período crítico de abril a junho.

* Hélio Sirimarco é diretor da Sociedade Nacional de Agricultura

Fonte: www.jb.com.br
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir