Categoria Geral  Noticia Atualizada em 16-02-2015

Maracatus e caboclinhos tomam conta do carnaval de Olinda
Enquanto as ladeiras do Centro Hist�rico de Olinda fervem com o desfile dos blocos de rua, na Casa da Rabeca, na Cidade Tabajara, um encontro de maracatus celebra a tradi��o dessa brincadeira da zona da mata pernambucana. Evolu��o que se expandiu por outr
Maracatus e caboclinhos tomam conta do carnaval de Olinda
Foto: tribunadonorte.com.br

Desde o in�cio da manh� desta segunda-feira (16) de carnaval, os maracatus rurais, tamb�m chamados maracatus de baque solto, desfilam suas alegorias. Ao som de batuques, caboclos de lan�a e porta estandartes dan�am compondo uma cena t�pica do carnaval pernambucano.

Com indument�rias de cores fortes e sinos instalados nas fantasias, os caboclos de lan�a impressionam quem assiste as apresenta��es. Como a estudante Gabriela Cruz que pela primeira vez acompanhou um maracatu rural de perto. "� muito forte a sensa��o que eles passam, as cores, os sons, � muito bonito de se ver. O bom � que a gente pode conhecer um pouco mais da cultura do estado", disse.

O encontro, que chega � sua 25� edi��o, foi criado por um dos mais conhecidos mestres de maracatu - Manoel Salustiano (1945-2008), o mestre Salu - como forma de reunir os brincantes e tamb�m preservar essa manifesta��o ligada � cultura dos trabalhadores rurais dos engenhos de cana-de-a��car no estado.

"Este encontro foi uma ideia do mestre Salu, que sentiu a necessidade de unir o povo do baque solto, que estava em extin��o na �poca. Em 1989, ele reuniu nove maracatus, criou a associa��o e, no ano seguinte, surgiu o encontro", explica o presidente da Associa��o de Maracatus de Baque Solto de Pernambuco e filho do mestre Salu, Manoel Salustiano Filho.

Cerca de 30 grupos de maracatu e 15 blocos de caboclinhos participam do encontro em Olinda, durante todo o dia, e mais 60 grupos de maracatus e caboclinhos se apresentam no munic�pio de Alian�a, na Zona da Mata pernambucana.

Ag�ncia Brasil

Desde 2014 o maracatu de baque solto � considerado Patrim�nio Imaterial Brasileiro. Reconhecimento que os brincantes devolvem mostrando sua devo��o. "Saio h� nove anos no maracatu, para mim hoje � a minha vida, sem maracatu pode acabar todas as festas, o carnaval, o S�o Jo�o, pode acabar tudo", disse o caboclo de lan�a Luiz Nunes, integrante do Maracatu Cambindinha, de Ara�oiaba.

"A gente cantando, o povo batendo palma, � uma emo��o para gente", arrematou o mestre Dino, cantador do Maracatu Le�o da Cordilheira, de Ara�oiaba, para logo em seguida puxar uma toada de improviso. "No dia 16 de fevereiro � dia do carnaval, do maracatu rural, � isso que eu quero ver. Olha, eu canto com prazer nesta minha brincadeira. Do domingo a ter�a-feira, fa�o sempre a caminhada, o maracatu faz parte da cultura brasileira", improvisou o mestre que h� 18 anos faz parte da brincadeira.

Fonte: tribunadonorte.com.br
 
Por:  Ludyanna Ferreira    |      Imprimir