Categoria Geral  Noticia Atualizada em 19-02-2015

De pé, Tite vence primeiro embate e larga na frente
A vitória do Corinthians sobre o São Paulo, na noite desta quarta-feira, foi também uma vitória de Tite sobre Muricy Ramalho. Graças a uma formação bastante sólida e entrosada - à qual assistiu de pé por 90 minutos - e aos dois golaços coletivos assinados
De pé, Tite vence primeiro embate e larga na frente
Foto: esportes.terra.com.br

Enquanto o gaúcho apostou na repetição da escalação que levou à Colômbia na quarta-feira passada - com Danilo no lugar do peruano Paolo Guerrero, suspenso de três jogos pela Conmebol -, o treinador paulista inovou mais uma vez. Uma semana depois do clássico contra o Santos, mexeu em quatro posições: estreou o zagueiro Dória (no lugar de Lucão), deslocou Michel Bastos à lateral esquerda (deixando Reinaldo na reserva), e promoveu as entradas de Maicon (na lacuna deixada por Michel Bastos) e Alan Kardec (no lugar de Ewandro).

É verdade que Muricy teve baixas clínicas desde o início da temporada e, nesta quarta-feira, não pôde contar com os atacantes Alexandre Pato (impedido de atuar por ainda ter contrato com o Corinthians) e Centurión (com duas partidas de gancho a cumprir). Nenhum dos dois, no entanto, foi titular na Vila Belmiro também. Não foi pela ausência de ambos ou pelos desfalques antigos, portanto, que a escalação do São Paulo na estreia da Copa Libertadores foi inédita.Assim que a bola rolou em Itaquera, ficou clara a superioridade do entrosamento corintiano sobre o desconhecido - e irreconhecível - conjunto são-paulino. Foram necessários apenas 11 minutos no primeiro tempo para Elias iniciar tabela com Danilo, deixar para trás a marcação e receber um longo lançamento de Jadson antes de bater de primeira, da entrada da área, e vazar o goleiro Rogério Ceni.

Daí até o intervalo, Muricy se levantou pouquíssimas vezes do banco, quase sempre para reclamar com a arbitragem. No segundo tempo, foi ligeiramente mais ativo, mas igualmente pouco se aproximou da linha lateral. Foi lembrado aos nove minutos, momento em que decidiu voltar parcialmente à formação original, substituindo Kardec por Reinaldo - com intuito de reconstituir parcialmente a formação que vinha escalando antes, com Michel Bastos como meia.

Tite, ao contrário, foi visível o tempo todo mesmo sem alterar seu time tão cedo. Ele quase não se sentou ao longo do primeiro confronto entre os rivais na história do principal torneio sul-americano. Mais do que isso: largou insanamente em disparada do meio-campo até a linha de fundo para abraçar os jogadores quando Jadson deixou no chão da grande área o novo lateral esquerdo adversário, recém-escolhido por Muricy para entrar, e decretou a vantagem do Corinthians, ainda aos 22 minutos.

Insistir na escalação e conversar com seus atletas o tempo todo não necessariamente fez de Tite o vitorioso, mas o mostrou - ao menos aparentemente - mais convicto do que fazer. Além disso, manteve um tabu favorável. Desde que foi derrotado pelo Santos de Muricy em agosto de 2012, o corintiano jamais perdeu novamente para o colega. São duas vitórias e quatro empates de lá para cá. Ainda assim, o treinador paulista tem três vitórias a mais no histórico do duelo (10 contra 7). O próximo será pelo Campeonato Paulista, mas certamente já é o de 22 de abril (no Morumbi, pela última rodada da fase de grupos da Libertadores) o mais aguardado.

Fonte: esportes.terra.com.br
 
Por:  Ludyanna Ferreira    |      Imprimir