Categoria Geral  Noticia Atualizada em 20-02-2015

"Levy tem sido bombardeado pelo fogo amigo da base", diz Mir
Para comentarista, comprometimento da presidente com ajuste fiscal é importante já que a base do governo não está de acordo.

Foto: g1.globo.com

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, admitiu pela primeira vez que a economia brasileira pode ter encolhido em 2014. O resultado do PIB do ano passado só será divulgado no fim de março.

Confirmadas todas essas projeções, o Brasil pode deixar de crescer dois anos seguidos. Pode, mas ainda não é uma coisa que se possa garantir. O que o ministro está dizendo é que em 2014, certamente, foi um ano negativo. O Banco Central recentemente divulgou o dado do Banco Central que prevê isso: - 0,1%, é praticamente estagnação. Não chega a ser uma recessão porque é um número muito pertinho de zero.

O dado oficial só vai ser divulgado em março, então a gente vai saber o que aconteceu em 2014. 2015 é uma previsão do mercado financeiro e eles mudam a previsão toda semana. Ao longo do ano muita coisa pode acontecer.
O que o ministro está fazendo em Nova York é tentar aumentar a confiança em relação à economia brasileira. Mostrando que no ano passado as contas foram muito ruins, mas ele está fazendo esse ajuste para recuperar as contas públicas e o país retomar o crescimento com inflação baixa de forma mais constante.
E a confiança é fundamental. Se ele conseguir infundir confiança tanto nos investidores estrangeiros quanto nos brasileiros, a situação melhora. Mas, o ano está difícil por causa também das restrições à água e energia.
Ajuste fiscal ameaçado?
O ministro da Fazenda falou que a presidente Dilma está comprometida com esse ajuste fiscal. E é importante que ela esteja porque a base do governo não está, o partido do governo não está. Alguns ministros do governo têm falado contra esse ajuste fiscal.
O ministro Levy está apresentando esse caminho com uma forma de ajustar as contas públicas e retomar o crescimento. Mas, acontece que tem sido bombardeado, principalmente, pelo fogo amigo da própria base do governo e principalmente do partido do governo.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir