Categoria Geral  Noticia Atualizada em 25-02-2015

Rebaixamento de nota da petrobras coloca juros em trajetória
Como esperado, o mercado de juros teve uma abertura tensa diante da decisão da Moody s na terça-feira, 24, à noite de rebaixar o rating corporativo da Petrobras para o grau especulativo.
Rebaixamento de nota da petrobras coloca juros em trajetória
Foto: br.noticias.yahoo.com

Há pouco, porém, as taxas futuras desaceleravam o ritmo de alta inicial, em linha com o movimento do dólar, que também subia menos diante da ampliação das perdas externas da moeda americana frente a divisas de países emergentes. Além da decisão da Moody s, outro assunto no radar do mercado é a paralisação de caminhoneiros em vários estados e suas consequências para a já combalida economia brasileira. No exterior, a agenda traz novo depoimento da presidente do Federal Reserve Janet Yellen, desta vez na Câmara dos Deputados.

O dólar à vista no balcão abriu cotado a R$ 2,8570, em alta de 0,81%, mas às 9h22 reduzia o avanço para 0,28%, a R$ 2,8420. Neste horário, os principais contratos de juros também subiam menos do que na abertura, alguns tocando as mínimas. O DI janeiro de 2017, que abriu em 13,09%, projetava 13,03% (mínima), de 12,99% no ajuste anterior. O DI janeiro de 2021, após abrir em 12,69%, estava em 12,60%, ante ajuste de ontem em 12,54%.
A Moody s rebaixou ontem o rating de crédito corporativo da Petrobras em dois graus, de uma só vez, com a nota indo de Baa3 para Ba2, e passando a ser considerada grau especulativo, além de cortar todas as outras notas da empresa. Entre as preocupações dos investidores e governo estão os possíveis reflexos na nota soberana do Brasil, uma vez que o próprio vice-presidente da Moody s, Mauro Leos, admitiu que há uma "interconectividade" alta da petroleira com a economia doméstica. E, ainda, a decisão coloca os holofotes sobre as demais agências de risco, que podem optar pelo mesmo caminho da Moody s.
Na visão do Bank of America (BofA) Merrill Lynch, a decisão da Moody s aumenta a pressão sobre a classificação do Brasil. O rating soberano do País na agência está em Baa2, com perspectiva de possível rebaixamento, e poderia ser reduzido em um nível sem que o Brasil perdesse o grau de investimento. Tal revisão, segundo os analistas Anne Milne, David Beker e Juan Andres Duzevic, se mostra "mais provável" neste momento.

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, evitou comentar sobre a perda do grau de investimento da estatal após participar ontem de jantar com integrantes da cúpula do PSD em Brasília. "Assuntos da Petrobras, a Petrobras comenta", limitou-se a dizer.
Quanto à greve dos caminhoneiros, o governo deve se reunir hoje com representantes do movimento e grandes empresas para discutir melhorias nos valores dos fretes de carga rodoviária no País, conforme apurou o Broadcast. Para isso, foram escalados os ministros da Agricultura, Kátia Abreu, dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, e o secretário-geral da Presidência, Miguel Rossetto.

Nos EUA, o calendário econômico traz a divulgação, às 12 horas, das vendas de moradias novas em janeiro. Neste mesmo horário, tem início o depoimento da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, desta vez, na Câmara dos Deputados. Na sequência, às 12h30, saem os estoques semanais norte-americanos de petróleo bruto e derivados.

Fonte: br.noticias.yahoo.com
 
Por:  Ludyanna Ferreira    |      Imprimir