Categoria Geral  Noticia Atualizada em 26-02-2015

Caminhoneiros se dividem sobre propostas do governo
Representantes dos caminhoneiros que participaram de reunião com governo e empresários na quarta-feira, aceitaram as propostas apresentadas para acabar com os bloqueios nas estradas, mas o líder do chamado Comando Nacional dos Transportes disse que as pro
Caminhoneiros se dividem sobre propostas do governo
Foto: exame.abril.com.br

Nesta manhã, ainda havia 57 bloqueios em 27 rodovias federais no Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, segundo o Bom Dia Brasil, da TV Globo. Na véspera, eram mais de 90 pontos de bloqueio em dez Estados.

O governo prometeu sanção sem vetos da lei que reduz custos dos setor e carência de 12 meses para o pagamento de financiamentos de caminhões.

Também será criada uma tabela referencial de frete por meio de negociação entre empresários e caminhoneiros, que pediram a mediação do governo para isso.

Além disso, a Petrobras garantiu seis meses sem aumento do diesel. O presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, disse que as propostas foram acatadas.

"Pedimos a sensibilidade dos caminhoneiros de liberar as rodovias pelas conquistas que tiveram aqui", afirmou Bueno, segundo a Agência Brasil.

Bueno entretanto, não garantiu que os bloqueios vão acabar pelo fato de o movimento ter sido iniciado "de forma autônoma, independente pelos caminhoneiros", segundo o site do jornal Valor Econômico.

"Cabe a eles avaliar as conquistas e o esforço do governo para ver se compensa continuar o movimento." Mas Ivar Luiz Schimidt, líder do movimento Comando Nacional do Transporte, disse à Reuters que não aceitava os termos do acordo.

Schimidt não participou na quarta-feira da reunião entre governo, empresários e representantes dos caminhoneiros, mas seria recebido mais tarde separadamente por negociadores do Executivo.

"Não aceitamos", disse na mensagem de texto por celular à Reuters. "O governo nos segurou numa reunião na hora que anunciaram." Na quarta-feira, Schimidt dizia a jornalistas ter o comando sobre a maior parte dos bloqueios.

O governo, por seu lado, disse que as propostas serão efetivadas somente com o fim dos bloqueios. "Só vai ser cumprido o que nós combinamos na hora que forem liberadas as estradas, disse o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, segundo a Agência Brasil.

Os protestos de caminhoneiros, que entraram em seu nono dia nesta quinta-feira, prejudicavam o abastecimento de diversas mercadorias, como alimentos e combustíveis, com reflexos nas exportações do país.

Fonte: exame.abril.com.br
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir