Categoria Geral  Noticia Atualizada em 27-02-2015

Vale e Petrobras perdem juntas "um BB e um Itaú" em valor de
O comportamento da Vale do Rio Doce e Petrobras importa cada vez menos para o desempenho do mercado acionário brasileiro. A deterioração das ações das duas companhias no último ano fez com que as duas perdessem participação no índice de referência Ibovesp
Vale e Petrobras perdem juntas
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No começo de 2014, a Vale influenciava 11,7%, do indicador; hoje, a mineradora representa fatia de 7,46% no índice. Já a Petrobras teve seu peso diminuído de 12% para 7,36% no mesmo período. A principal causa para a diluição das empresas no índice é a perda de valor de mercado, um dos principais quesitos para composição da chamada carteira teórica dos índices da Bolsa.

Desde seu pico no ano passado, em abril, a capitalização de mercado da Vale despencou 38%, para R$ 105,66 bilhões, Ao todo, R$ 66,2 bilhões evaporaram das ações da empresa, o que equivale a um Banco do Brasil em capitalização de mercado. A companhia foi vítima, sobretudo da queda da cotação do minério de ferro no mercado global. Isso, por sua vez, é resultado da desaceleração da China, principal consumidora do produto, e de um excesso da commodity no mercado internacional. Nos últimos 12 meses, o preço do minério de ferro caiu 47%, para US$ 62,37 a tonelada seca.

Na quinta-feira, a Vale informou ter registrado um prejuízo líquido de R$ 4,761 bilhões no quarto trimestre de 2014. Apesar de a mineradora ter, no ano, registrado um ganho de R$ 954 milhões, alta de 729% frente a 2013, suas ações recuaram na Bolsa de Valores de São Paulo. Os papéis preferenciais (PN, sem direito a voto) tiveram queda de 3,86%, e os ordinários (ON, com voto) registraram desvalorização de 4,01%. A Petrobras, por sua vez, caiu 1,17% (PN) e 1,07% (ON).

No caso da Petrobras, a perda de valor foi ainda mais intensa, turbinada pelas eleições, pelo escândalo da operação Lava-Jato e pelo tombo na cotação internacional do petróleo. Desde o pico em 2014, em setembro, a petrolífera recuou 59,7%, para R$ 125,2 bilhões. Em valores, a queda representou perda de R$ 185,7 bilhões, quase um Itaú Unibanco.

— Com a perda de valor de mercado dessas empresas, os bancos acabaram ganhando mais peso no Ibovespa. O lado bom foi que o índice passou a representar mais a economia real. Quando o investidor olha para a Bolsa, o índice espelha melhor a sociedade, a imagem está menos embaçada – afirmou Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora.

O Itaú Unibanco é a empresa com a maior participação no índice hoje, de 11,48%, seguido pelo Bradesco, com 10,62%. Depois, vem a Ambev (7,67%).

Com informações do O Globo

Fonte: www.cearaagora.com.br
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir