Categoria Geral  Noticia Atualizada em 12-03-2015

Brasil quer manter hegemonia no Parapan-Americano de Toronto
Manter a hegemonia no continente americano e, assim, embalar na reta final de preparação para o Rio 2016. Essa é a meta traçada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) para os Jogos Parapan-Americanos de Toronto, que serão disputados entre os dias 7 e 15
Brasil quer manter hegemonia no Parapan-Americano de Toronto
Foto: esportes.terra.com.br

Nas últimas edições do Parapan, o Brasil teve um desempenho extraordinário. No Rio de Janeiro, em 2007, o País finalizou a competição no topo do quadro de medalhas, tendo subido ao pódio 228 vezes (83 ouros, 68 pratas e 77 bronzes). O Canadá terminou em segundo, com 112 medalhas (49 delas de ouro), seguido pelos Estados Unidos, com 117 medalhas (37 de ouro).

Quatro anos depois, em Guadalajara, no México, a campanha brasileira foi marcada por um novo triunfo. Com uma delegação de 231 atletas, o Brasil sagrou-se o campeão, após conquistar 197 medalhas (81 ouros, 61 pratas e 55 bronzes). Os Estados Unidos terminaram em segundo (132 medalhas - 51 ouros), com o Canadá em terceiro (165 medalhas - 50 ouros).

Agora, para competir no maior evento esportivo do continente a menos de um ano dos Jogos Paralímpico do Rio, que serão realizados entre 7 e 18 de setembro de 2016, o Brasil levará para Toronto um time ainda maior do que o montado para Guadalaraja, de acordo com o presidente do CPB, Andrew Parsons.

"São mais de 300 atletas, com uma delegação superior a 400 integrantes na Vila. Os atletas ainda estão se classificando ao Parapan em várias modalidades, pois todas têm um guia de qualificação. Nas modalidades coletivas a gente já se qualificou para todas. Agora, estamos vendo no atletismo, na natação e em outras com quantos atletas a gente vai em cada uma dessas modalidades individuais", adiantou Andrew.

Segundo o dirigente, o fato de o Brasil, por ser país-sede dos Jogos Paralímpicos, já estar classificado para várias modalidades em 2016 não fará do Parapan de Toronto um teste de luxo. "De forma nenhuma. Temos quatro grandes metas de resultado, das quais duas já alcançamos, que foi o primeiro lugar em Guadalajara 2011 (nos Jogos Parapan-Americanos) e o sétimo lugar em 2012 (nos Jogos Paralímpicos de Londres)", enumerou Parsons.

"A manutenção do primeiro lugar no Parapan é uma meta técnica do Comitê Paralímpico Brasileiro. Então, apesar de já termos muitas vagas asseguradas para o Rio 2016, muitas vagas vão estar em jogo em Toronto e não podemos esquecer que os outros países lutarão para conquistar as vagas para o Rio, o que, consequentemente, aumenta o nível da competição. Além disso, o Parapan será no Canadá, que é um país muito forte no esporte paralímpico e eles já nos avisaram que vêm com a delegação muito forte. Mas a gente vai para ganhar", avisou o dirigente.


Centro Paralímpico Brasileiro

Para os atletas de alto rendimento, o maior legado dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 será o Centro Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, cuja obra está na reta final. O local permitirá que atletas de atletismo, basquetebol em cadeiras de rodas, bocha, natação, esgrima em cadeira de rodas, futebol de cinco, futebol de sete, goalball, halterofilismo, judô, rúgbi em cadeira de rodas, tênis em cadeira de rodas, tênis de mesa e voleibol sentado possam treinar com uma infraestrutura jamais vista para o esporte paralímpico brasileiro.

Planos para 2016

Para os Jogos Paralímpicos Rio 2016, a meta do Brasil e terminar a competição entre os cinco primeiros do quadro de medalhas. Na edição de Londres 2012, o país encerrou sua participação em sétimo, com 43 medalhas, das quais 21 foram de ouro, 14 de prata e 8 de bronze.

A campanha na Inglaterra representou um salto de duas posições em relação aos Jogos Paralímpico de Pequim 2008, quando o Brasil terminou em nono lugar, com 47 pódios (16 ouros, 14 pratas e 17 bronzes).

Para 2016, Andrew prefere não estipular quantas medalhas de ouro serão necessárias para que o país possa chegar ao top 5. Mas adiantou que se os atletas chegarem a 28 medalhas douradas já será um feito incrível.

"Essa é uma meta (top 5) que a gente tem dito que é possível, é factível, mas é difícil. Temos que superar os Estados Unidos e a Austrália, que são suas potências não só paralímpicas, mas no esporte em geral", explicou Andrew.

"Mas a gente tem feito o nosso trabalho junto com o Ministério do Esporte, junto com patrocinadores e outros níveis de governo que têm nos apoiado. Nosso plano é que a gente mantenha os resultados dessa geração que foi vitoriosa em Londres, com Daniel Dias, André Brasil, Terezinha Guilhermina, entre outros, e que consiga ampliar o resultado de alguns atletas, como, por exemplo, o Jovane Guissone, que foi medalhista de ouro na espada. A ideia é que a gente tente fazer com que ele ganhe também no florete", adiantou.

Projeção de pódios para o Rio

Quando se fala em meta final do quadro de medalhas nos Jogos Paralímpico, o normal é pensar que a matemática entre imediatamente em cena e que as projeções de quantos pódios serão necessários para que o Brasil possa atingir o quinto lugar em 2016 já estejam prontas. Entretanto, Parsons explicou que, ao contrário do que muitos imaginam, essas contas não são tão simples.

"A Austrália foi o quinto lugar em Pequim (2008) e eles ganharam 23 medalhas de ouro. Eles ficaram com o mesmo quinto lugar em 2012 (Londres), só que com 32 medalhas de ouro", comparou. "Então, o número de medalhas varia muito de uma Paralimpíada para a outra. Para nós, se a gente chegar a 28 medalhas de ouro, mas não chegar no quinto lugar já terá sido uma baita de uma evolução. Em Pequim, esse número daria para ser quinto lugar. Mas em Londres, não. Então a gente não usa muito essas projeções".

Fonte: esportes.terra.com.br
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir