Categoria Geral  Noticia Atualizada em 20-03-2015

Sindicato paralisa obras de ferrovia após 1.300 demissões
Trabalhadores das obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) realizaram protesto com um dia de paralisação nesta quinta-feira, 19, contra as demissões em massa que tiveram início na segunda-feira, 16. A paralisação atingiu todos os lotes de constr
Sindicato paralisa obras de ferrovia após 1.300 demissões
Foto: atarde.uol.com.br

Operários fizeram um protesto no centro da cidade de Jequié, distante 368 km de Salvador. Também houve manifestações nas cidades de Brumado (a 539 km da capital), Guanambi (a 677km de Salvador), São Desidério (distante 882 km de Salvador) e Santa Maria da Vitória ( a 867km da capital), onde ficam outros lotes da obra.
De acordo com o sindicato, todos os lotes, do 1 ao 7, passam por um processo de insegurança que pode gerar a demissão total dos 5.868 trabalhadores da Fiol, devido aos atrasos nos repasses da Valec Engenharia, Construções e Ferrovias, empresa pública vinculada ao Ministério dos Transportes responsável pelas obras, e à falta de responsabilidade dos governos Federal e Estadual com as obras.
De acordo com o presidente do Sintepav-BA, Bebeto Galvão (PSB-BA), a Valec não tem feito os repasses às empresas subcontratadas. "Estima-se que a Valec tenha deixado de repassar entre R$ 180 e R$ 200 milhões a estas empresas", afirma.
A Valec informou ao Sintepav-BA que "os pagamentos estão sendo regularizados dentro do limite disponibilizado pelo Tesouro Nacional. Aguarda-se a publicação da Lei Orçamentária Anual e do respectivo decreto de programação financeira/2015, onde serão definidos os limites para empenho e cronograma financeiro de desembolso para o corrente ano".
A ferrovia
Com 1.527 quilômetros de extensão, dos quais 1.100 km passam pela Bahia, as obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) integram o Programa de Aceleração do Crescimento, do governo federal, com investimentos estimados em R$ 6 bilhões. A Fiol vai ligar Ilhéus, na Bahia, a Figueirópolis, no estado do Tocantins.
A expectativa é que a linha férrea seja interligada ao Porto Sul, em Ilhéus, para o escoamento da produção agrícola do Oeste baiano (soja, farelo de soja e milho), além de fertilizantes, combustíveis e minério de ferro.

Fonte: atarde.uol.com.br
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir