Categoria Geral  Noticia Atualizada em 20-03-2015

G1 já viu: "O duelo" só perde o ritmo quando José Wilker sai
Dirigido por Marcos Jorge, trabalho póstumo do ator estreou na quinta (19). Personagem cômico é o que se destaca em filme com alguns exageros.
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Foto: g1.globo.com

José Wilker, que morreu aos 67 anos em abril de 2014, deixou alguns trabalhos póstumos. Um deles é o filme "O duelo", que tem direção de Marcos Jorge ("Estômago") e entrou em cartaz nesta quinta-feira (19).

Baseado no livro "Os velhos marinheiros", de Jorge Amado, o longa conta a história do comandante Vasco Moscoso de Aragão (Joaquim de Almeida). Ele chega à vila de Periperi e conquista todos os habitantes com suas incríveis histórias como viajante.
É aí que entra o personagem de Wilker. Chico Pacheco, fofoqueiro oficial da cidade, sente a sua popularidade ameaçada quando as atenções estão voltadas ao comandante. Movido pela inveja, Pacheco decide pesquisar o passado de Vasco e descobre que ele é uma farsa. Vasco é um comerciante falido, que consegue de modo fraudulento o título de capitão. O comandante nega esta versão e diz que Pacheco é mentiroso, o que divide os moradores de Periperi e inicia "o duelo" do título.
Sem Wilker, sem fôlego
Wilker protagoniza as cenas mais cômicas do filme, com xingamentos repetidos ao rival: "comandante é uma ova", "comandante é uma pinóia" e tal. É ele quem segura o ritmo da trama. Quando ele sai de cena, o ator português Joaquim de Almeida não sustenta a ação, deixando a história um pouco entediante. Claudia Raia, Patrícia Pillar, Marcio Garcia e Tainá Müller, em seus papéis coadjuvantes, tampouco se destacam.
"O duelo" é um filme bem diferente dos anteriores de Marcos Jorge, como o premiado "Estômago", de 2007. Para ilustrar a narrativa, o diretor utiliza recursos artificiais que podem irritar o espectador. Muitas das cenas têm a companhia de músicas melodramáticas em alto volume. Mal dá para ouvir os diálogos dos atores. Se fossem descartados alguns dos efeitos visuais, a história também poderia ficar mais agradável de se ver.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir