Categoria Geral  Noticia Atualizada em 28-04-2015

Série "Amorteamo" traz Marina Ruy Barbosa como noiva-cadáver
Atração estreia em maio na TV Globo
Série
Foto: odia.ig.com.br

A morte e o amor caminham confiantes, tranquilos e sem pressa pelas ruas da antiga Recife, em algum momento no início do século XX. De braços dados, vão espalhar encanto e sofrimento em doses iguais sobre as vidas dos personagens de "Amorteamo", série em cinco capítulos escrita por Cláudio Paiva, Guel Arraes e Newton Moreno, que estreia no dia 8 de maio na Globo. Vítimas dos efeitos dessa união, todos vão conhecer a paixão seguida pela dor. E mais.

A relação entre paixão e finitude vai ser explorada em dois triângulos amorosos, ambos condenados. O primeiro é formado pelo marido Aragão, pela mulher Arlinda e pelo amante Chico — interpretados, respectivamente, por Jackson Antunes, Letícia Sabatella e Daniel de Oliveira.

Na trama, esse é o primeiro momento em que a morte e o amor, unidos, provocarão uma circunstância sombria: Aragão flagra a mulher e o amante na cama. Enfurecido, ele atira nas costas de Chico, que morre logo após engravidar Arlinda. Gabriel — Johnny Massaro —, fruto dessa união proibida, surge naquele momento. Ou seja, será um personagem que carregará a morte desde o instante em que foi concebido.

"É uma maldição que trará consequências terríveis para ele e para qualquer mulher por quem ele se apaixonar", avalia Johnny. Gabriel é um dos vértices do segundo triângulo da série, completado por Malvina e Lena, vividas por Marina Ruy Barbosa e Arianne Botelho.

Gabriel e Lena se amam desde pequenos, mas ele se vê forçado a casar com Malvina. No entanto, na porta da igreja, ele a abandona. A dor é grande demais e ela decide se jogar de uma ponte, de onde despenca em direção à morte. É a partir deste ponto que a trama ganha contornos de realismo fantástico.

"Ela ama tanto o Gabriel que, de alguma forma não natural, consegue voltar dos mortos para ficar com ele. Transforma-se numa espécie de noiva-cadáver", explica Marina Ruy Barbosa, sobre seu primeiro trabalho desde o fim de "Império" — na verdade, ela teve que conciliar as três últimas semanas de gravação da novela com o início de "Amorteamo". "Queria muito participar dessa série. Sei que é o tipo de produção que não aparece com facilidade. Além disso, é algo muito diferente de tudo o que eu já fiz", explicou a atriz que, para se preparar para o papel, assistiu a filmes de temática obscura, como "A Órfã" e "A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça".

O tom lúgubre é garantido pela ambientação soturna das imagens. Para reproduzir com exatidão o período no qual a história se passa, a iluminação foi concebida de maneira a lembrar as luzes emitidas por lamparinas a óleo — ou seja, há sombras por todos os cantos. Um cemitério, com terra de verdade, foi construído dentro de um estúdio de mil metros quadrados dentro de um estúdio na Barra da Tijuca. "Além disso, os cenários têm muita influência do expressionismo alemão, como objetos de cena pontiagudos e fora de proporção, para dar uma sensação de vertigem", explica a diretora Flávia Lacerda.

Letícia Sabatella descreve a variedade emocional que os atores experimentaram. "Nós vivenciamos emoções extremas, que vão do amor profundo ao ódio máximo. Eles vivem em um mundo muito sombrio." Tão sombrio quanto o próprio amor pode ser.

Fonte: odia.ig.com.br
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir