Categoria Geral  Noticia Atualizada em 28-04-2015

Procuradoria denuncia Renato Duque e Vaccari por lavagem de
O pedido de confisco corresponde �s vantagens indevidas que teriam sido pagas por Mendon�a por interm�dio de contratos com a gr�fica
Procuradoria denuncia Renato Duque e Vaccari por lavagem de
Foto: jdia.com.br

O ex-tesoureiro do PT Jo�o Vaccari Neto e o ex-diretor de Servi�os da Petrobras Renato de Duque foram denunciados � Justi�a sob a acusa��o da pr�tica de lavagem de dinheiro. A den�ncia do Minist�rio P�blico Federal, apresentada ontem (27) no �mbito da Opera��o Lava Jato, aponta que o crime foi praticado 24 vezes, entre abril de 2010 e dezembro de 2013, e totalizou R$ 2,4 milh�es. De acordo com acusa��o, uma parte da propina paga que Duque recebia de empreiteiras com contratos com a Petrobras foi direcionada por empresas do grupo Setal �leo e G�s, controlado por Augusto Mendon�a, para a Editora Gr�fica Atitude, a pedido de Vaccari Neto.


O Minist�rio P�blico apontou que as propinas resultaram principalmente de contratos da Petrobras relativos � refinarias Repar, no Paran�, e Replan (SP), e pede que os acusados sejam condenados a pagar uma indeniza��o de R$ 4,8 milh�es � estatal. Pede ainda o confisco de R$ 2,4 milh�es do patrim�nio de Vaccari e Duque. O pedido de confisco corresponde �s vantagens indevidas que teriam sido pagas por Mendon�a por interm�dio de contratos com a gr�fica. A indeniza��o equivale ao dobro desse montante.


Na den�ncia, a Procuradoria afirma que a liga��o entre a Atitude e o PT "vai al�m da afinidade" entre os sindicatos ligados � CUT que administram a gr�fica e o partido, e citou a empresa j� foi condenada pelo Tribunal Superior Eleitoral a pagar multa de R$ 15 mil por fazer propaganda ilegal para Dilma na na edi��o da "Revista do Brasil" de outubro de 2010.


O MPF tamb�m afirma que, em pesquisas na internet para localizar a sede da gr�fica, encontrou men��es ao endere�o da Rua Aboli��o, 297, no centro de S�o Paulo, que coincide com a sede do diret�rio paulista do PT.



Parcelas
De acordo com a acusa��o, o executivo do grupo Setal, "interessado em atender aos interesses" de Duque e Vaccari, autorizou o pagamento � Editora Gr�fica Atitude, mas pediu que os repasses fossem parcelados "para que n�o restasse comprometido o caixa de suas empresas".


Segundo a for�a-tarefa, para conferir uma justificativa econ�mica aparentemente l�cita para os repasses da propina, empresas do grupo Setal �a Setec e a SOG� assinaram dois contratos, em 1� de abril de 2010 e em 1� de julho de 2013, respectivamente, com a Gr�fica Atitude.


A gr�fica, por�m, jamais prestou servi�os reais �s empresas, emitindo notas frias para justificar os repasses, de acordo com os procuradores.


Em nota, o procurador da Rep�blica Deltan Dallagnol, coordenador da For�a-Tarefa Lava Jato, afirmou que embora a den�ncia envolva um partido �o PT�, o esquema era pluripartid�rio e que j� foram denunciados anteriormente operadores vinculados �s diretorias controladas pelo PP e pelo PMDB."A partidariza��o do olhar sobre as investiga��es prejudica os trabalhos, porque tira o foco do que � mais importante, que � a mudan�a do sistema, o qual favorece a corrup��o seja qual for o partido. Por isso o MPF apresentou as dez medidas contra a corrup��o e a impunidade."


De acordo com a Procuradoria, a responsabilidade criminal de pessoas vinculadas � Atitude ser� apurada em investiga��es pr�prias.

Outro lado
A reportagem ainda n�o conseguiu falar com Vaccari, Duque e representantes da gr�fica. Vaccari nega qualquer irregularidade � frente da tesouraria do PT. A defesa de Duque sempre negou que ele tenha praticado crimes na diretoria de Servi�os da estatal. Procurado pela Folha no dia 15 de abril, quando foi divulgado que o motivo para a pris�o de Vaccari haviam sido pagamentos suspeitos efetuados � Gr�fica Atitude, o coordenador editorial e financeiro da empresa, Paulo Salvador, disse que vai esperar ser notificado pela Justi�a para se pronunciar.

Fonte: jdia.com.br
 
Por:  Ludyanna Ferreira    |      Imprimir