Categoria Geral  Noticia Atualizada em 30-04-2015

Assassino de garotas de programa guardava chaves de vítimas
Alexandre Lopes de Padua Arcenio é acusado de ter matado ao menos três pessoas no PR – duas mulheres e uma transexual
Assassino de garotas de programa guardava chaves de vítimas
Foto: ultimosegundo.ig.com.br

Preso pelo assassinato de três garotas de programa – duas mulheres e uma transexual – e pela tentativa de homicídio de uma quarta pessoa, o personal trainer Alexandre Lopes de Padua Arcenio guardava chaves dos apartamentos de suas vítimas como troféus. É o que afirma ao iG a delegada responsável pela investigação do caso, Dra. Ana Cláudia Machado, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil do Paraná.

Arcenio, de 31 anos, foi preso pela polícia em sua residência na cidade de Curitiba, na última segunda-feira (27). Ele confirmou ter aplicado golpes de "mata-leão" – prática do jiu-jitsu que, com o uso do antebraço, consiste em agarrar o pescoço da vítima por trás e estrangulá-la – nas garotas de programa, mas afirmou que seu objetivo era apenas fazê-las desmaiarem para conseguir furtar seus pertences, devido ao fato de estar passando por dificuldades financeiras.

"Por mais que ele negue a intenção de matar, não acreditamos nessa negativa. Para a investigação, o Alexandre é um serial killer tradicional, com táticas específicas de caça às vítimas e de execução", diz a delegada Ana Cláudia Machado. "Ele afirmou no interrogatório que chegava a vomitar quando se recordava dos crimes. Mas, se realmente houvesse esse arrependimento, ele teria parado com isso. Agora investigamos se o Alexandre está envolvido em outros crimes."

Corpo em decomposição
A investigação do caso começou no último dia 16 de março, quando uma transexual identificada apenas como Taís, de 28 anos, foi encontrada morta em um apartamento no bairro Bigorrilho, localizado na região centro-oeste de Curitiba. O corpo, já em estado de putrefação, estava nu sobre uma cama, com pés e mãos amarrados.

Dias depois, em 21 de março, uma garota de programa identificada como Jaqueline, de 42 anos, foi encontrada morta em cena de crime semelhante, estirada nua sobre a cama de um apartamento na região central da cidade. Todos os casos aconteceram nas residências usadas pelas profissionais para encontros sexuais com seus clientes.

"A tática era sempre a mesma. Ele procurava as vítimas pelo Google, por meio de anúncios de garotas de programa e transexuais, e marcava os encontros", explica a delegada. "Devido à profissão delas, Alexandre tinha conhecimento de que essas pessoas guardavam dinheiro em casa. Então, além de satisfazer seu prazer por matar, ele ainda conseguia, como uma espécie de bônus, objetos de valor e dinheiro."

Fonte: ultimosegundo.ig.com.br
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir