Categoria Geral  Noticia Atualizada em 07-05-2015

John Madden dirige "O Fantástico Hotel Marigold 2"
John Madden fantasiava um pouco sobre o Brasil. Seu filho participou de um intercâmbio e viveu um tempo em Fortaleza. O pai e a mãe queriam visitá-lo. Tudo o que o garoto não queria era que isso ocorresse. Mas Madden veio para o lançamento de O Fantástico
John Madden dirige

O diretor passou o sábado e domingo dando entrevistas - inclusive para o repórter, que estava fora do País, por telefone. Mas aproveitou os intervalos para conhecer um pouco o Recife e, na segunda-feira, 4, foi a Porto das Galinhas. Amou o Brasil. A recíproca foi verdadeira. Os críticos o acharam simpático, inteligente. E o filme não é uma mera sequência de O Fantástico Hotel Marigold. É um recomeço.

"Você é um observador perspicaz para ter percebido isso. Realmente, Hotel Marigold foi um sucesso inesperado para todos nós. Um filme pequeno, sobre gente de terceira idade, querendo recomeçar. Adorei os personagens e tive a sorte de contar com aquele elenco maravilhoso - Judi (Dench), Maggie (Smith), Bill (Nighy) e todos os outros. A resposta do público superou nossa expectativa. Desde então, sempre se falou na possibilidade de um segundo filme. Como continuar aquela história que parecia concluída? Construindo um novo hotel e dando uma guinada na vida dos personagens. E se Dev (Patel) se casasse? O casamento segue tendo uma importância na vida indiana que parece ter perdido no resto do mundo. E, assim, para todos nós, não era uma sequência, mas um recomeço."

A presença de Richard Gere agrega ao segundo filme. "Oh, sem dúvida. Richard é um astro, além de ser um ator talentoso. Mas, quando eu falo ?um astro?, quero dizer que o público não desgruda o olho dele, quando está na tela. E Richard veio de coração aberto. Ele havia gostado do primeiro filme, tem ligações profundas com a cultura oriental, é amigo do Dalai Lama. Construímos esse personagem para ele, um homem cuja chegada provoca um burburinho no hotel. Ele é tomado por outra pessoa, cria-se a confusão. Mas ele está ali com seu sorriso, sua calma, e vai viver um belo romance."

Madden é shakespeariano profissional. Ganhou o Oscar de melhor filme por Shakespeare Apaixonado, em 1998, dirigiu peças do bardo. Há algo de shakespeariano nessa história de amores desencontrados, em que se faz muito barulho por nada, mas em que nada é tudo.

"Ah, não, agora você me conquistou. Realmente, para todos nós Hotel Marigold 2 virou nossa tentativa de fazermos uma comédia na tradição shakespeariana. Acho que conseguimos, mas com um grau de modéstia até calculada. Tenho os melhores atores e atrizes do mundo, que conseguem dizer de forma brilhante qualquer diálogo. Para que chamar a atenção, dizer ?olhem como somos inteligentes e espertos?? A ideia era fazer de dentro, trabalhar com modulações, enriquecer as frases, e isso todos eles sabem fazer."

Apesar de todo esse grande elenco, o filme pertence a um veterano que já teve muitas oportunidades para brilhar, mas que na indústria do espetáculo segue sendo o que se chama de coadjuvante. "Oh, você está falando de Bill (Nighy). Se existe uma charada no filme, você matou. O personagem de Bill é a chave de Hotel Marigold 2. Esse homem que nunca conseguiu viver sua vida, que sempre viveu a vida dos outros. Como se faz para dar a volta por cima? Todos eles são ótimos para tirar o máximo do mínimo, mas Bill é o homem. Sem ele, Hotel Marigold 2 não seria a mesma coisa." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: www.dgabc.com.br
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir