Moacir Xerene Rodrigues, profissão Seleiro, mas podem chamá-lo de o “Último dos Moicanos”
Maratimba.com Moacir Xerene Rodrigues, profissão Seleiro, mas podem chamá-lo de o "Último dos Moicanos". Como no filme a sua arte de confeccionar selas para ornamentar cavalos pode se perder devido à falta de um aprendiz.
"A garotada só quer saber de computador" disse desolado esse campista de Travessão de Campos. Aprendeu o oficio ainda jovem com o seu pai. Chegou à Vila do Itapemirim no começo da década de 60 do século passado.
Afirma que naquela época as pessoas compravam suas selas para passear o mostrar seu cavalo alazão. Chegava a vender dez selas por mês. Hoje, quando vende não passa de duas, vendida por R$ 150.000 reais, sobrevivendo de consertos cobrando até R$ 40.
"Com o aparecimento do motor, carro e o transporte cobrindo o interior, as encomendas desapareceram". Xerene nutre o desejo de expandir o local. "Acho essa a causa de não poder colocar pessoas para trabalhar comigo, o local é muito apertado". Argumenta ainda que enquanto existir um cavalo sempre existira um amante da boa sela, feita de forma artesanal com carinho.
"O meu prazer é ver um cavaleiro montando com minha sela." Comenta o velho seleiro lidando com instrumentos como: facas, suvelas, furadores, linhas, esmerando no conserto de mais uma sela.
Fonte: Redação Maratimba.com
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