Categoria Geral  Noticia Atualizada em 25-09-2006

Bate-papo com Ito Coelho
O encontro foi no Bar Casarão onde sempre vai para encontrar os amigos. "...Já venho aqui há mais de meio século”
Bate-papo com Ito Coelho
Maratimba.com

O encontro foi no Bar Casarão onde sempre vai para encontrar os amigos. Como o barbeiro Telmo, que participa animadamente desse bate papo com Ito Coelho, cachoeirense, 68 anos, morando atualmente há quatro anos em Marataízes. "mas já venho aqui há mais de meio século". Se recuperando de um derrame, acende um cigarro e argumenta que diminuiu bastante. "Hoje só fumo uns quinze cigarros. Antes chegava a fumar quatro maços. Que vício danado!".

Ingressou na crônica esportiva ainda jovem na Radio Mayrink Veiga. "Fui servir a Aeronáutica e aos dezoito anos fiz um teste com Rui Porto, e para minha surpresa entrei imediatamente no ar".

Passou depois pela Continental, e indo trabalhar na Tribuna da Imprensa de Carlos Lacerda. "Foi meu patrão (riso contido)". Lá trabalhou com o ‘Divino Mestre’ como era chamado Zuenir Ventura, disse que foi essa semana a Cachoeiro para cumprimentar o velho amigo que trabalhou no início da década de 60.

Conta com tristeza que veio a sua terra natal com a delegação do Botafogo, já trabalhando na Rádio Nacional, onde a "Estrela Solitária" ganhou do Estrela do Norte de 6 a 2". Foi a maior glória o time do Estrela ter feito dois gols no maior time na atualidade".

Dentre muitos episódios ao longo de sua trajetória como repórter esportivo guarda um em especial: quando se encontrava no Maracanã um príncipe do mundo árabe, sem falar nenhum idioma, lembrou das aulas da eterna professora francês Herta Athayde, saiu se essa majestade uma saudação aos desportista brasileiro (já traduzido), para o espanto de todos na rádio, que não sabiam dessa ‘faceta", do jovem repórter.

Voltou para Cachoeiro no final da década de 60. Ingressou por concurso público na prefeitura, gostando de ressaltar que foi o primeiro colocado.Foi ser redator do jornal informativo Momento. Por dois mandatos chegou ao legislativo municipal de 71-73 e de 77-83, pelo Partido Democrático Brasileiro. Foi reticente dizendo que a política não lhe deixou saudades.

Fundou o Jornal Capixaba, que funcionou até 1993. Enfatiza que Cachoeiro a muito perdeu seu referencial de encontrar os amigos. "Era uma festa no começo da noite encontrar os amigos no Bar CDM, não posso dizer o significado. Hoje já não se tem um ponto de encontro".

Viúvo, curte as manhã caminhando pelo orla de Marataízes e finaliza: quando sinto falta do meu passado do um pulinho na minha "Capital Secreta’.


    Fonte: Redação Maratimba.com
 
Por:  José Rubens Brumana    |      Imprimir