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POR QUE A IMPLICÂNCIA?
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É meio tarde para dizer isso, mas vou esclarecer por que tenho recomendado em todo lugar – em sintonia com a CNBB... É meio tarde para dizer isso, mas vou esclarecer por que tenho recomendado em todo lugar – em sintonia com a CNBB e com o meu bispo diocesano – que os irmãos e as irmãs não votem em candidatos acusados de corrupção. Todos sabemos que há, aqui em nossos municípios de Marataízes e Itapemirim, pelo menos dois candidatos no pleito de amanhã para a função de deputado estadual que trazem em seu curriculum vitae algumas acusações de ilegalidade. Para ilustrar o que quero dizer, costumo fazer uma comparação (pra quem sabe ler um pingo é letra): você, meu irmão, deixaria sua filha namorar um rapaz "acusado" de ser um estuprador? Tudo bem, não há provas, ele nunca foi preso por isso, mas todo mundo está comentando: aquele rapaz é forte suspeito de ter cometido alguns abusos na redondeza. Pesam sobre ele fortes indícios de que não seja flor que se cheire. E aí, você daria sua bênção nesse namoro? Penso que muito provavelmente sua resposta seja um veemente NíO. Nem sempre é preciso haver provas e decisão judicial para que alguém caia de nível em seu critério de confiabilidade. A mesma desconfiança deve pesar sobre esses candidatos fortemente acusados de corrupção; apesar de não haver provas concretas respaldadas em juízo, há uma série de denúncias e notificações, por parte do Ministério Público, da Polícia Federal, da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar e de algumas organizações não-governamentais. Isso já não seria um bom motivo para deixar de votar no sujeito? Temos mais de 300 candidatos ao Legislativo estadual nestas eleições. Será difícil escolher algum que não esteja no grupo dos 7 acusados do mensalão capixaba? Será difícil escolher algum que não esteja em nenhuma das várias listas de escândalos políticos? A razoabilidade parece indicar que não. Fonte: Redação Maratimba.com
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| Por: Juliano Ribeiro Almeida | Imprimir |
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