Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 09-11-2006

Mistérios divinos
Eu já tinha reparado nisso, mas outro dia duas divinas mulheres me fizeram meditar sobre um mistério: a bolsa das mulheres
Mistérios divinos

Eu já tinha reparado nisso, mas outro dia duas divinas mulheres me fizeram meditar sobre um mistério: a bolsa das mulheres. Primeiro a Elian B.S. me mostrou a bolsa dela e depois tive o "prazer de enfrentar" a bolsa da Luciene. L. Salvo a ordem das coisas não altera-se o produto. É sempre a mesma coisa.

Bolsa de mulher é como carro pequeno: o espaço interno é sempre muito maior do que parece. Quando tenta encontrar alguma coisa lá dentro, você acha de tudo. Menos o que estava procurando.

Já tentou encontrar uma caneta? Primeiro você acha uma carteira, depois uma caixinha de óculos, depois um elástico de cabelo, uma chave de casa, um celular, um pente, uma bolsinha de maquiagem e quando você finalmente desiste e tem certeza de que a caneta não está lá, ela aparece.

E quando ela te pede pra atender o celular? O primeiro toque, ainda não dá para perceber de onde vem. Você espera o segundo toque, percebe que vem de dentro da bolsa dela e então começa a busca. Primeiro encontra, logo de cara, a caneta. Em seguida, vem uma bolsinha de maquiagem. Você vai se guiando pelo som, enfia a mão dentro daquela zona e, quando puxa, vem a caixinha de óculos, posta de lado (de fora da bolsa), você ouve, de novo, e parece ter visto a luzinha e pensa: agora vai! E vai mesmo! Vai a sua mão de encontro ao bronzeador. Finalmente você vê o celular. Estica a mão, pega um espelhinho acompanhado de um baton, aí depois de pegar a caderneta de endereços você encontra um pente e consegue pegar o celular e ouve então o último toque. Você, pronto para atender a ligação, chega o celular perto do seu rosto, mas não adianta: ele já parou de tocar. Silêncio total.

Mas ruim mesmo de encontrar são as chaves de casa. Tem gente que já sai da praia procurando. Mesmo que esteja em Marataízes e more em Cachoeiro. É o tempo necessário para procurar por toda a bolsa e despejar o seu conteúdo no banco de trás do carro por três vezes. Você escuta o barulho da chave caindo no banco, mas não encontra a maldita. Coloca tudo de novo na bolsa dela, despeja mais uma vez e advinha? Não encontra. Tem gente que diz que isso é obra de uma entidade malfazeja: o caboclo escondedor, um ser folclórico, porém real, que brinca de esconder as coisas até que desistamos de procurá-las, aí elas surgem...do nada. Eu não acredito em caboclo escondedor, mas que eles existem, existem. Agora quando alguma mulher me pede para pegar algo em sua bolsa uso a tática cientifica do leite fervendo, não conhece? Ah, é o seguinte: se você vigia o leite ele não ferve nunca, aí você vira as costas e o leite ferve tão rápido que suja o fogão todo. Aí o que você faz? Vira as costas e olha por um espelho e engana o leite que ferverá no ponto de equilíbrio entre a vigilância e a distração. Quando for procurar a chave dentro da bolsa de uma mulher, finja que está tentando achar o celular. Quase sempre funciona. Geralmente, aparecem antes a caixinha de óculos, o espelhinho com baton, a caderneta de endereços, a caneta e, com sorte, o próprio celular.


    Fonte: Redação Maratimba.com
 
Por:  Manoel Manhães    |      Imprimir