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Dois Filhos sem Pai
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Duas institui��es sem as quais a vida da nossa sociedade se transforma um caos est�o gritando por socorro: o Hospital Santa Helena e a cadeia p�blica de Itapemirim Duas institui��es sem as quais a vida da nossa sociedade se transforma num caos est�o gritando por socorro: o Hospital Santa Helena e a cadeia p�blica de Itapemirim. Como padre respons�vel pelo atendimento espiritual das duas casas, sinto-me na obriga��o de conclamar a popula��o de Itapemirim e de Marata�zes para mobilizar-se em vista de resolver estas quest�es. O juiz diretor do F�rum Municipal da comarca de Itapemirim, Dr. Leonardo Alvarenga, assumiu, diante da situa��o prec�ria e absurda em que se encontra nosso sistema prisional, o compromisso de encaminhar as negocia��es entre as prefeituras e a Secretaria Estadual de Seguran�a P�blica para a montagem urgente de uma cadeia met�lica para pris�es provis�rias. Ainda que esse modelo seja profundamente question�vel tanto na seguran�a quanto no respeito aos direitos humanos, em car�ter de urg�ncia, vem a ser importante e indispens�vel, tendo em vista a superlota��o carcer�ria e as �ltimas fugas de que nossa cadeia vem sendo v�tima. Sou testemunha de que o dr. Leonardo Alvarenga tem feito todo o poss�vel para cobrar agilidade do governo do Estado na execu��o desta obra. Testemunho tamb�m o quanto a burocracia estatal vem emperrando o processo de resolu��o desses problemas. O Secret�rio de Seguran�a, quando veio impor este modelo sem discuss�es, garantiu que o projeto sairia em quest�o de dias. Hoje, o que temos � um terreno bem preparado pela prefeitura � que pode ser visto da pista em frente ao hospital � e uma longa espera da licita��o estadual que nunca vem. H� uma palavra da Secretaria Estadual de que no in�cio de janeiro as obras v�o ser iniciadas e de que, em 60 dias a partir da�, a cadeia ser� inaugurada, desobstruindo a delegacia de Itapemirim para suas atividades normais, com seguran�a � vizinhan�a, e o efetivo policial com possibilidade de se voltar � investiga��o e ao patrulhamento. O caso do Hospital Santa Helena ainda � pior: nenhuma solu��o pode ser prevista nem a m�dio prazo. A institui��o � privada, mas os associados n�o se apresentam para resolver a quest�o, at� porque n�o t�m a menor condi��o de assumir as d�vidas, que j� passam dos R$ 3 milh�es. As prefeituras injetam recursos municipais destinados ao pronto socorro, mas o valor, ao inv�s de financiar a manuten��o do atendimento b�sico, acaba sendo a �nica fonte de pagamento do quadro de funcion�rios � que precisa urgentemente ser revisto (h� funcion�rios com sal�rios muito acima da m�dia nacional, enquanto pacientes morrem por mau atendimento). As interven��es que o Estado e o Minist�rio P�blico fizeram no Hospital Santa Helena ainda n�o cumpriram suas fun��es. Ao contr�rio, algumas delas apenas geraram mais d�vidas � institui��o. Um filho feio sem pai: assim est� o nosso querido Santa Helena. Pelo visto, o ver�o est� prometendo em Itapemirim e Marata�zes Fonte: Autor
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| Por: Juliano Ribeiro Almeida | Imprimir |
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