Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 08-01-2007

INJEÇíO LETAL NO BRASIL
"...A resposta digna e eficaz já existe. Chama-se injeção letal. Sem gritos de "vá para o inferno!", sem altercações, sem mutilações. Uma agulha na veia e..."
INJEÇíO LETAL NO BRASIL

Longe por pouco tempo do crescimento de quatro por cento que não chegou a três e da expectativa dos cinco que não deverão chegar a quatro, longe do anúncio do novo ministério em trinta dias que já se arrasta há dois meses e meio e longe dos noventa e dois por cento de traquinagem, dou uma olhada neste mundão velho de guerra. Penso um bocado - logo, existo, e chego à conclusão de que seremos todos salvos pela Comunicação.

Neste feliz 2007, quem ainda sonha com mordaças do tipo Conselho Nacional de Jornalismo mostra que realmente fez voto de burrice e está na contramão da História. O fim de Saddam Hussein é, certamente, mais uma prova inequívoca disso. Não fosse a Comunicação, a União Soviética ainda estaria firme e forte - ruim para muitos, mas certamente algo muito bom para Zé Pobrema e seus delírios contra a burguesia. Não fosse uma câmera de vídeo, nunca saberíamos com certeza que as zelite da mediocridade realmente acham que Pelotas "é um polo exportador de veados". Da mesma forma, o pilantra dos Correios continuaria sorridente, com sua pose de retirante esperto, embolsando grana impunemente. Não fosse um telefone celular com câmera, não veríamos a degradante finalização de um rocambolesco regime que não pode encontrar espaço no século vinte e um, mas que acabou nivelando por baixo - aliás, tão ao gosto do Fazendão - vencedores e vencidos.

Saddam Hussein tinha que morrer? Certamente. Para infelicidade geral dos politicamente corretos, é inevitável a constatação de que ainda vivemos num mundo onde a pena capital é necessária, não apenas como instrumento de limpeza da sociedade mas também como um poderoso elemento de dissuasão para aqueles que possam se sentir inclinados a cometer crimes. Não cabe debate sobre esse ponto: é só observar as estatísticas de países com e sem a pena de morte.

Dito isto, a questão passa a ser: como eliminar Hussein - ou, na mesma toada, os reincidentes traficantes de drogas, estupradores de crianças, seqüestradores sem causa e corruptos que destroem sonhos e esperanças de toda uma geração roubando dinheiro público?

A resposta digna e eficaz já existe. Chama-se injeção letal. Sem gritos de "vá para o inferno!", sem altercações, sem mutilações. Uma agulha na veia e, na seqüência, um relaxante muscular, um indutor de coma e uma dose cavalar de cloreto de potássio para travar o coração de vez. Pronto. O criminoso é devolvido para reciclagem sem a crueldade medieval que tanto alegra aqueles que vão para o estádio ver um jogo, qualquer jogo, só para xingar a mãe do juiz.

Essa estória de que Saddam se considerava um soldado e por isso queria ser fuzilado simplesmente não existe nos dias de hoje. Da mesma forma que não existe a ilusão de que certas pessoas possam ser recuperadas para a sociedade. Já está mais do que provado que isso é conversa mole da claque formada pelos politicamente corretos, pelos intransigentes defensores dos direitos humanos (nunca das vítimas, sempre dos criminosos) e de advogados chicaneiros, que não raro acabam usando carro oficial e o dinheiro do nosso imposto.

Falar nisso... você já ouviu essa turma se oferecendo para dar abrigo (casa, comida, roupa lavada) a gente como Beira-Mar ou Marcola, acompanhando pessoalmente suas jornadas rumo à recuperação?


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Por:  Claudio Lessa    |      Imprimir