Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 05-04-2007

MATILDE PISOU NA JACA
Que a esquerda brasileira �, em geral, muito burrinha, despreparada e tacanha, j� se sabe h� muito tempo
MATILDE PISOU NA JACA


Que a esquerda brasileira �, em geral, muito burrinha, despreparada e tacanha, j� se sabe h� muito tempo. Hoje em dia mesmo, coitadnha, acha que o atual governo � de esquerda. Agora, o que n�o se sabia era que a esquerda brasileira tivesse esse gosto todo de macaquear oficialmente logo o que vem dos Estados Unidos, considerado o Imp�rio do Mal.

Pela linha de fundo, � meu! Essa conversa perversa e sem futuro de "troco hist�rico" do preto contra o branco vem l� da matriz, da mesma forma que a cretinice da "a��o afirmativa" - uma forma de maquiar o mau desempenho das escolas, dando aprova��o escolar e promo��o funcional a gente sem preparo, e que, ali�s, nem l� na matriz deu muito certo.

Esse tipo de coisa que n�o presta, o brasileiro bob�o importa feliz e contente, sem prestar aten��o, por exemplo, que no caso da chamada "a��o afirmativa" - ou, como se poderia dizer, a babaquice das quotas - nos Estados Unidos, pretos e brancos t�m chances e est�mulos (financeiros, inclusive) exatamente iguais, definidos por lei, para estudar e se tornarem algu�m na vida.

Agora, a falta de vontade, em boa medida, dos negros em estudar, em se esfor�ar, acabou por determinar a cria��o do plano B das quotas, numa tentativa de salvar as apar�ncias. Por aqui, ainda nem temos apar�ncias para salvar, estamos mesmo � no n�vel da necessidade de se construir escolas e ter professores dentro de sala com prepara��o adequada e sal�rios decentes, s� isso. Pelas contas da coluna, se esse plano A de construir escolas, formar e pagar bem profissionais de ensino e internar as crian�as oito horas por dia em sala de aula n�o der certo, o plano B das quotas s� seria necess�rio por aqui l� por volta de 2130.

Paralelamente a tudo isso, vivemos um momento espasm�dico natural do avan�o democr�tico, onde figurinhas como dona Matilde correm o risco de chegar a postos de relev�ncia, onde suas declara��es desastradas repercutem muito mais. Da� imaginar que, numa escolinha de alfabetiza��o decente, a professorinha diria a seus alunos: "Leiam comigo: I-vo viu a u-va." A classe, formada por crian�as clarinhas, amarelinhas e escurinhas, leria logo em seguida: "Ma-til-de pi-sou na ja-ca."


    Fonte: Direto da Reda��o
 
Por:  Claudio Lessa    |      Imprimir