Categoria Religião  Noticia Atualizada em 11-05-2007

Mosteiro da Luz distribui pílulas de frei Galvão
Na véspera da canonização do primeiro santo brasileiro, a fila de entrega de pílulas de Frei Galvão no Mosteiro São Bento, em São Paulo, é cada vez maior
Mosteiro da Luz distribui pílulas de frei Galvão

Na véspera da canonização do primeiro santo brasileiro, a fila de entrega de pílulas de Frei Galvão no Mosteiro São Bento, em São Paulo, é cada vez maior.

Pessoas vindas de todos os cantos do Brasil esperaram pacientemente por cerca de meia hora pela vez de retirar os seus "kits" com três pílulas e a orientação de como fazer a novena.

A entrega é feita por uma das freiras enclausuradas do mosteiro. Quem pega as pílulas não vê a freira: o fiel coloca (se tiver) um donativo, gira uma roda de madeira e na volta recebe em média três pacotinhos com três pílulas cada um, um folheto com a novena e a biografia de frei Galvão. A distribuição é gratuita. Só quem pode dá um donativo, mas quase sempre algum real é colocado na roda.

"Já passamos da conta da quantidade de pílulas que temos entregado, passa, com certeza, de 30 mil por dia", diz a irmã Claudia Honecker, a responsável pela organização da produção das pílulas. Hoje, 13 das 22 monjas enclausuradas do mosteiro produzem as pílulas, que contêm uma inscrição em latim ("Depois do parto, ó Virgem, permaneceste intacta! Mãe de Deus, intercedei por nós"). O papel da pílula é finíssimo e "dissolve facilmente na água", diz irmã Claudia. A tinta usada também é comestível.

Cada pedaço de papel tem 14 vezes a frase inscrita em letra miúda e é enrolado até virar um pequeno cilindro, selado com cola de polvilho. Depois o cilindro é cortado em pedaços de menos de um centímetro --cada pedaço é uma pílula. Cada cilindro rende 14 pílulas. Em grupos de três, elas são embrulhadas num quadrado de papel.

Foi frei Galvão que inventou as pílulas milagrosas nos idos de 1800, no Mosteiro da Luz. Conta-se que um dia ele foi procurado por um homem com dores fortes decorrentes de uma cólica renal. Para acalmá-lo o frade teria recebido uma inspiração de Virgem Maria, escrito a frase em latim em um pedaço de papel, feito uma pequena pílula e dado para o homem tomar com água. O homem teria expelido a pedra em seguida e a dor findou. Desde então a fama das pílulas se espalhou e frei Galvão começou a produzi-las semanalmente.

À beira da morte, ele ensinou o processo às freiras. Há mais de uma década, para atender a demanda, o Mosteiro da Luz autorizou outros mosteiros e conventos a produzi-las.


Fonte: http://www.corumbaonline.com.br
 
Por:  José Rubens Brumana    |      Imprimir