Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 26-06-2007

SEM ARTE E CULTURA NíO DÁ
Sem arte e cultura não dá. E o que seria de nossas vidas sem elas? Penso que este seja um tema a ser sugerido a grupos de discussão.
SEM ARTE E CULTURA NíO DÁ

Sem arte e cultura não dá. E o que seria de nossas vidas sem elas? Penso que este seja um tema a ser sugerido a grupos de discussão não somente nas escolas, mas na roda de amigos, em casa e no trabalho, onde as pessoas possam expressar a sua real necessidade pela cultura. Um povo sem arte e sem cultura é um povo sem luz e sem vida. Ambas andam juntas, e defini-las é tão complexo quanto saboroso. Arte: interpretação que o artista dá ao mundo. Cultura: criação do homem, material (música, fotografia, pintura, quadros, esculturas... Nelas expressamos alegrias, decepções, frustrações, desejos) ou não-material (a própria identidade de um povo, construída com seus hábitos, costumes, crenças, estruturas).

Neste lindo estado capixaba o que sobra é cultura de raiz. A exemplo podemos citar a Festa do Divino Espírito Santo, a casaca, a moqueca, o jongo, o folclore, o Encontro de Folia de Reis e o Convento da Penha, dentre tantos outros. Enfim, seja através da arquitetura, da culinária e de inúmeras outras manifestações culturais, ela ali está presente, a arte. Mas, infelizmente, o que também sobra é a falta de sensibilidade de muitos que até então governaram, em não terem explorado este potencial que gera renda, que dignifica.

O turismo cultural é hoje pauta global. Em Itapemirim percebe-se uma preocupação em educar para melhor atender o turista e não é para menos. Com a potencialidade que aqui se encontra. A riqueza em belezas naturais aqui é algo fantástico: o Frade e a Freira, A Ilha dos Franceses, a Praia da Gamboa. Não há como não fomentar cultura onde quer que seja. O casario itapemirinense, o majestoso e imponente Monte Aghá, a Usina Paineiras, o artesanato das Mulheres de Guannandy, as suntuosas palmeiras imperiais... tudo isso é um convite a se trabalhar com total afinco e dedicação como vem trabalhando a atual Administração para o bem comum da região e quem ganha somos todos nós.

Sem cultura não há identidade social, por isso, sejamos protagonistas de uma história de sucesso. Façamos nossa parte. Valorizemos o artesanato local, tenhamos orgulho étnico, promovamos intercâmbio cultural. Convidemos a nos visitar, nossos amigos de outras cidades quando aqui houver quaisquer manifestações culturais, como sempre há. Seja a arte, essencial em nós. Ela é capaz de transformar sofrimento em contentamento. Sejamos médicos da alegria, professores e semeadores de júbilo.

O governo municipal possibilita e quer cada vez mais ampliar a participação popular e a democratização, tanto que se percebe a revitalização dos eventos culturais, como a reestruturação do Grupo de Jongo "Mestre Bento", o apoio às festas comunitárias, a realização do Confabani – Concurso Nacional de Fanfarras e Bandas de Itapemirim. E o que existe de mais positivo é que há uma cadeia de pessoas beneficiadas diretamente. O público passa a ter acesso gratuito a espetáculos de qualidade e dezenas de barraqueiros e pequenos comerciantes ampliam seu leque de negócios.

Respiremos cultura, promovamos sarau literário, cantemos num lual poético, façamos um vernissage, estendamos o varal das crônicas, vislumbremos no prédio da Câmara Municipal, um museu. Queiramos deixar para nossos filhos e netos, teatro em Itapemirim, cinema, concha cênica. Produzamos atores, cantores, jornalistas, fotógrafos, pintores, declamadores, escritores. Descubramos os artistas que aqui residem e que poderão desenvolver o street dance e a capoeira. Enxerguemos também na histórica e centenária Igreja Nossa Senhora do Amparo, patrimônio histórico do Espírito Santo... sejamos e queiramos cultura, palavra sem fronteiras.


Fonte: O Autor
 
Por:  José Geraldo Oliveira (DRT-ES 4.121/07 - JP)    |      Imprimir