Tive que tirar minha filha da escola. Minha luz está cortada", disse a dona de casa Oziana Silva Fernandes
Foto: Jr. Brumana "Tive que tirar minha filha da escola. Minha luz está cortada e minha dispensa vazia", disse a dona de casa Oziana Silva Fernandes, esposa de um pescador da comunidade do Pontal.
Com duas filhas no colégio optou por tirar a mais nova que estuda a 5º série na Escola "Domingos Martins". "Não tenho dinheiro para comprar nem um lápis".
O drama da Laurete Fernandes Benevides de setenta e sete anos dimensiona o problema social que a proibição da pesca da lagosta com rede ou caçoeira pode trazer para o local. "Tenho seis filhos três genros e vários netos, todos com família e sem trabalhar, não sei o que vai ser se isso continuar", ressaltou com um semblante cheio de incertezas.
A luta dos maridos pela liberação da pesca da lagosta com rede e que foi proibido pelo Ibama, esta fazendo vítimas entre as famílias da comunidade pesqueira que nem nasceu ainda. "Se meu filho nascesse hoje não teria o que vestir", garantiu Jéssica da Silva, esposa de um pescador desempregado e que espera o seu primeiro filho, continuou: "sonhava em fazer um enxoval, mas até agora não pude comprar".
Segundo informações da Colônia dos Pescadores Z-8 de Marataízes o pescador consegue com a pesca da lagosta em média mil e duzentos reais por mês, sem possibilidades de exercer a sua profissão e vindo de um período de defesa onde sua remuneração foi de até um salário mínimo, a situação pode chegar ao desespero. "Quando acabar o crédito na venda, não sei o que vou fazer para colocar alimento para os meus filhos", argumentou um pescador.
Fonte: Redação Maratimba.com
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