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PMCI
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Não sou contra nem a favor do PMCI, muito pelo contrário desde que transfiram a prefeitura e a câmara para lá Não sou contra nem a favor do Presídio Municipal de Cachoeiro de Itapemirim (PMCI), muito pelo contrário desde que transfiram a prefeitura e a câmara para lá. O dinheirão que vai rolar na cidade compensa toda a preocupação. Os Srs. Fernando Beira-mar, Elias Maluco, Marcola e outros ajudarão a implementar em Cachoeiro a moderna indústria do seqüestro e farão uma melhoria substancial na distribuição de drogas, enfim teremos o crime organizado e não esta bagunça que está aí, de desorganizado já basta o governo. E essa organização fará circular grana, muita grana, o que é muito bom para uma cidade que perdeu o trem pagador da história. Uns dirão que o crime não compensa, bobagem! O que não compensa é o cheque! No mundo do crime organizado as transações são em dinheiro vivo! Ou morto, depende do ponto de vista. Todas as relações comerciais criminosas serão aperfeiçoadas, será o fim do amadorismo. Imaginemos a seguinte relação trabalhista que advirá com esse novo tempo: -Você é um(a) exemplar pai ou mãe de família. Trabalha numa boca de fumo que paga ISS, ICMS, FGTS, INSS, você tem carteira assinada e todos os direitos trabalhistas (13º, férias, licença maternidade etc.) lhe são reconhecidos. Aí não mais que de repente você é demitido(a) sem justa causa! Veja só que maravilha: -você vai poder botar a boca no pau! Enquanto alguns se preocupam com hospitais, outros se preocupam com presídios. E porque essa aparente discrepância? Elementar, meu caro, Watson! Sem o crime organizado para ferir e adoecer as pessoas para que servirão novos hospitais? Imaginem a prosperidade da indústria funerária e farmacêutica! E tem mais: se o padre abençoou a vinda do presídio é sinal de que Deus é favorável também. E Deus tem propósitos que escapam à nossa ínfima compreensão humana. Com a prefeitura e a câmara instalada no presídio vai ladrão e outros pagarem seus pecados e serem salvos, a igreja aumentará seu rebanho. Amém! Fonte: O Autor
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| Por: Manoel Manhães | Imprimir |
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