Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 10-07-2007

DEIXE CAIR A MÁSCARA DO MEDO
Pessoas que têm medo de deixar cair a máscara do medo e por conseqüência tornam-se infelizes, habituando-se à cômoda situação de ‘coitadinhas’
DEIXE CAIR A MÁSCARA DO MEDO

Há pessoas que têm medo de deixar cair a máscara do medo e por conseqüência tornam-se infelizes, habituando-se à cômoda situação de ‘coitadinhas’, fazendo-se de vítimas o tempo inteiro – verdadeiras dignas de pena.

É conveniente ser ajudado, no entanto, a diferença está em ajudar, por isso, faz-se preciso deixar cair a máscara do medo do sorrir, mesmo que a dor nos torture. Haverá sempre alguém necessitando de nosso sorriso. Então, por que guardar o rancor que destrói, se o perdão é capaz de regenerar, apaziguar, reconstruir?

Deixemos cair a máscara do medo de parar de brilhar. O brilho mais intenso é aquele que nasce dentro de nós para iluminar nosso próprio coração. O brilho exterior que tantos de nós ‘necessita’ para satisfazer nosso pobre ego é o mesmo que deixa em trevas nosso caminho.

Deixemos cair a máscara do medo de tomarmos iniciativa. Só não erra quem não faz! Quem não faz é covarde. Então, por que não deixarmos cair a máscara do medo de partilhar, afinal, Aids, câncer e pobreza não se pegam num aperto de mão, muito menos num abraço amigo, ao contrario, transmite-se carinho, proteção. Precisamos quebrar os grilhões para vencermos os preconceitos que em nós existem quando apontamos nos outros as nossas falhas.

Quantas vezes somos por fora heróis e por dentro, medrosos, ladrões desacreditados da própria raça humana? Por isso, por que o medo de falhar sem antes tentar; porque o medo da solidão quando se ‘perde’ uma companhia; por que o medo de enfrentar o que foi aceito? Por que usar tais máscaras??? São por quês sem porquê!

É preciso deixar cair a máscara do medo da perda! Perda de status, de glamour, de sofisticação – não somos diferentes, apenas muda-se a cor da pele. Unamo-nos e de mãos dadas deixemos cair a máscara do medo da guerra e guerreemos a favor da PAZ, do respeito e da dignidade.

Por que temer o frio somente depois de ter experimentado o calor? Por que evitar a abstinência depois da saciedade; por que o medo de guardar depois de ter descoberto? Para se levantar é preciso ter caído.

Para acreditar é necessário ter se decepcionado! Para querer viver de verdade é preciso ter quase morrido sim; para se alcançar metas é preciso um ponto de partida e voltar quantas vezes forem necessárias ao início.

Não percamos a força, principalmente quando compreendermos a fraqueza, muito menos deixemos de sorrir depois das lágrimas e que o medo de regressar depois do abandono nos faça ganhar algo depois de ter perdido tudo.

Se preciso for, tire você mesmo, com suas mãos, a máscara que usas, do medo de assumir que amas, se a quem for. Deixe cair a máscara do medo de ser menos homem porque ama a outro homem, ou ser menos mulher porque ama a outra mulher. Deixe cair a mascar do medo de que te rotulem, porque o homem só deixa de ser homem quando ele não é Homem.

Deixe cair a máscara do medo de fazer amor. Fazer amor não é praticar sexo – fazer amor é guiar um cego, é auxiliar um idoso, é doar-se aos necessitados. Oportunize-se a prática do bem, da partilha.

Observe cada sinal que trazes em teu rosto. São marcas de expressão. Foram dores, sorrisos, esperanças, lutas, desejos – sua experiência, sua vida. E... deixe cair a máscara do medo de virem que de teus olhos brotam lágrimas. Hoje é o dia de abraçar, correr, brincar, pedir perdão, perdoar. Viva, já que deixastes cair a máscara do medo de sonhares.

Fonte: O autor
 
Por:  José Geraldo Oliveira (DRT-ES 4.121/07 - JP)    |      Imprimir