Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 22-09-2007

MENTES MEDÍOCRES, MACUNAÍMICAS
O grito, já não menos retumbante que agonizante, ainda ecoa. Por hora, ouvido do Ipiranga, do São Francisco, do Doce, do Itapemirim, do Amazonas
MENTES MEDÍOCRES, MACUNAÍMICAS

O grito, já não menos retumbante que agonizante, ainda ecoa. Por hora, ouvido do Ipiranga, do São Francisco, do Doce, do Itapemirim, do Amazonas. Vem das gentes pobres que votam, que elegem canalhas e patifes para os açoitarem, como fazem os senhores feudais do Século XXI. Eles, que de seus suntuosos castelos riem de nossas desgraças e a tudo assistem, enquanto se esbaldam ao sol da imunidade deste gigante.

A dinastia secular é a mesma que mantém no palanque toda a gang que, habituada a desfrutar o poder da impunidade continua a favorecer a bancada forte e por ela ser protegida. Entregue à sorte, o povo não salva (quando das eleições) a pátria tão amada, cantada em prosas e versos, apenas. Brasil - um sonho eterno! Qual símbolo? Atrofiamento?

Fenece-se a esperança ou se deixa expirar. O céu, não mais risonho, vê escurecer a sua antes venerada imagem, porque o coletivo atual se pronuncia num plural do seu derivado – cruzes, gente desgraçada, pobre, negra, sem voz e sem vez!

Os salteadores modernos usam gravatas, se corrompem, constroem um país obstruindo sonhos através de estratégias que cegam. Trapaceiam de forma tamanha que o eleitor não percebe a ausência da oposição. Que heróis são esses que não têm nenhum caráter?

A cada novo dia reconstruímos nossas esperanças em dias melhores. A cada eleição renovamos nossa expectativa no fim da corrupção e insistimos em acreditar que alguém zelará pelo bem público. Mas a decepção é a mesma.

Alguns deputados, federal ou estadual, alguns poucos prefeitos, pouquíssimos vereadores, raríssimos presidentes de partido político, cumpridores de vários mandatos, levam ao conhecimento público como funciona a politicagem enraizada no nosso país. Porém, e, infelizmente, a grande maioria deles usa estes subterfúgios como curral eleitoreiro, como milagreiros.

Há quem assuma que há desvios de recursos públicos em estatais, compra de votos, e vários outros escândalos. Diante de tais exposições é possível concluir que no Brasil, política é um negócio. Infelizmente a população é a parte marginal do processo político que ludibriada, opera apenas nos períodos pré-eleitorais.

São tantos "P" para anteceder siglas dos partidos políticos e não menos que patifaria, prevaricação, peculato, podridão, porcaria, prostituição dos ideais, promiscuidade, pilantragem, etc. que agora criaram siglas onde a inicial é oculta, camuflando assim a omissão.

Não enxergo a utilidade de homens tais. Muitos de nossos representantes nada têm feito em favor real dos interesses coletivos. Vermes que são! Afinal, de quem são as mentes medíocres? Deles? Penso que não, por fim, macunaímicos que somos, votamos!

A hora é agora! Devemos estar de olhos bem abertos e cobrarmos dos nossos eleitos o que nos prometeram e também o que não prometeram mas que é obrigação de todo homem e mulher públicos. Eleições ocorrerão também em 2008, mas a campanha está escancarada aí, façamos a nossa parte!!! CONSCIÊNCIA...

Não sejamos papagaios de pirata, não sejamos bois de piranha, não vendamos nossa moral, nossa dignidade. Não permitamos mais feridas que não se cicatrizam. Basta! Eles se lambuzam no lamaçal da nossa falta de brio.

Fonte: O Autor
 
Por:  José Geraldo Oliveira (DRT-ES 4.121/07 - JP)    |      Imprimir