Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 23-09-2007

PRIMAVERA
Ei-la que surge galante, cheia de vida e esplendor, as flores desabrocham, os pássaros cantam suavemente. As águas deslizam tranqüilas sobre o leito dos rios, até o mar parece calmo
PRIMAVERA

Ei-la que surge galante, cheia de vida e esplendor, as flores desabrocham, os pássaros cantam suavemente. As águas deslizam tranqüilas sobre o leito dos rios, até o mar parece calmo. A natureza está em harmonia. Fez-me até lembrar Clarissa, personagem do livro "Música ao Longe", de Érico Veríssimo, que em uma das passagens do livro nos fala da recepção que faz a Primavera e a chama de Vida, como se fosse a própria vida.

Esta estação do ano tem sido muito explorada pelos escritores em seus textos, pois ela é sugestiva de juventude, vigor, beleza, alegria e de acordo com os contextos criados, a primavera, semanticamente, vai assumindo novos conceitos e acepções.

Sem romantismo, é preciso que se viva a Primavera nos vários segmentos que compõem a nossa sociedade, uma vez que ela traz consigo conceitos novos que, certamente, podem mudar a cabeça dos homens e tentar derrubar discursos e paradigmas já tão viciados. Num país como este nosso, urge-se que reveja conceitos já tão arraigados entre nós.

E esta Primavera que, aos poucos, vai se instalando no nosso meio, que não apenas traga consigo novos conceitos, mas sobretudo que procure despertar as pessoas para o senso de justiça, probidade e valores éticos inexistentes, principalmente, na vida dos nossos governantes.

Muito bom seria que esta Primavera passeasse pelos salões do Congresso Nacional, do Senado, dos Palácios de Governo e tentasse ou, pelo menos,que levasse as pessoas que transitam por lá a fazerem uma auto-análise, um exame de consciência e perceberam o quanto têm prejudicado o povo brasileiro.

Primavera – vida, renovação, esperança – momento em que todos os brasileiros poderiam parar um pouco e analisar as situações caóticas e ímprobas que nos permeiam. E ainda o mais doméstico de tudo isto é o cerceamento que se fez com os professores, quando, honestamente, fizeram um movimento paredista para reivindicar seus direitos e foram tolhidos, marginalizados, repreendidos e além de tudo acabaram acuados, mediante suposto terrorismo e pressões que já se iniciam no seu ambiente de trabalho.
Então, Primavera! Você que chega hoje como mais um presente de Deus para que também admiremos as flores, ajude a tirar os "espinhos" de algumas flores para que possamos ter um viver digno, honrado e justo.

Luiz Antônio Damasceno - 23/09/2007

Fonte: Redação Maratimba.com
 
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