Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 08-10-2007

A ÁRVORE
"Solitária ou junto a milhões de outras, ali está. Sempre no mesmo lugar, noites e dias, sujeita às intempéries do tempo: chuva, sol, frio, vento..."
A ÁRVORE

Solitária ou junto a milhões de outras, ali está. Sempre no mesmo lugar, noites e dias, sujeita às intempéries do tempo: chuva, sol, frio, vento, rajada de granizos, a ser atingida por raios, ou pior, a transformar-se em móveis, jangadas, canoa, carvão, papel. Que destino!

Se a mesma pudesse falar, talvez dissesse: "Sou feliz, sou nobre! Ofereço, mesmo que sozinha e distante, sombra para um cansado andarilho, descanso para o fadigado viajante, abrigo para os pássaros e meus frutos, servem de alimento, inclusive, para aquele que me destrói, mas, por que me destroem?!"

Insensível, o homem não percebe a grandeza da árvore. Não percebe nem mesmo sua importância. A vida não seria possível sem o oxigênio que ela produz. – "ó, insensata humanidade! Ignorante é a sua ganância. Para quê Poder?"
O meio ambiente clama por socorro, a natureza grita por clemência. "Piedade para os povos – a quem destruís, se não a vós mesmos, insanos? Medíocres! A natureza se refará. Os homens não!"

Tal qual a árvore, o mar. Seu petróleo, a baleia. Na floresta, os elefantes. Nos rios, o boto. Cadeia! A ressaca, as queimadas, o ozônio, os desastres climáticos, a biodiversidade, melhor, bio-adversidade. Nossos propósitos. Que civilização somos nós que destruímos o planeta que moramos, que produzimos lixo que nos sufocará no nosso desejo desenfreado por querer mais?

Os 21 de setembro passam despercebidos nesse novo milênio. O conceito de consciência que se tem é egoísta. Os índios já não existem mais. Nossas raízes não são mais cravadas à terra, como a das árvores que produzem o oxigênio, que por sua vez, nem mesmo no mar o há. A poluição tomou seu lugar. Talvez por isso devamos para a Lua nos transportar.

Cabe a nós artistas, jornalistas, educadores, pais, pessoas de bem, fazer algo para preservar o que ainda resta. Que nós lutemos em prol da preservação do resquício de Mata Atlântica, que respeitemos, sobretudo, na hora de exercermos nosso direito ao voto, a vontade do Criador.

Há bons e maus políticos, não sejamos nós, exemplos de péssimos eleitores. O futuro está em nossas mãos. Salvemos as árvores, construamos, a partir de agora, um novo fim para a nossa história – ainda dá tempo.

O que vivemos é apenas um rascunho, mas está na hora de passar a limpo. Em 05 de outubro de 2008 tomemos uma decisão: elegermos cidadãos, não crápulas, lascivos, concupiscentes, assassinos, ladrões sociais, bandidos engravatados, criminosos de colarinho branco. Não nos frustremos, não mais destruamos os nossos ideais.

Pensemos nos nossos filhos, nos animais que pagam um preço alto por nossos atos inconseqüentes. Pensemos na árvore, que mesmo só, se entrega ao sol para oferecer sombra, doa sua folha verde e frutos maduros por alimento e fertilizante, seus galhos para morada de pássaros, insetos e outros bichos, ou morta, ceifada pelo homem, embeleza e decora muitos lares – ela se entrega. Respeitemo-la.

Não faço apologia a PV, nem a nenhuma outra ideologia partidária, detesto hipocrisia, mediocridade, insanidade, politicagem, corrupção. Como formador de opinião que sou, apenas imploro que respeitemos, acolhamos, agradeçamos a vida que Deus, gratuitamente nos deu, Ele, sim, pagou o preço: Seu Filho foi pregado, por amor a nós, numa cruz – de madeira, que vem da árvore...

Fonte: O Autor
 
Por:  José Geraldo Oliveira (DRT-ES 4.121/07 - JP)    |      Imprimir