Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 19-11-2007

SENDO RESILIENTE
Para George Souza Barbosa psicólogo e educador está sendo bastante comum escutar nas empresas, nas escolas e a imprensa falar de que temos que ser resilientes
SENDO RESILIENTE

Para George Souza Barbosa psicólogo e educador está sendo bastante comum escutar nas empresas, nas escolas e a imprensa falar de que temos que ser resilientes. E os resilientes são aqueles que são capazes de vencer as dificuldades, os obstáculos, por mais fortes e traumáticos que elas sejam. Pode ser desde um desemprego inesperado, a morte de um parente querido, a separação dos pais, a repetência na escola ou uma catástrofe como um tsunami. Aliás, já se encontram muitos livros abordando o assunto como o Resiliência: descobrindo as próprias fortalezas, organizado por Aldo Melilo e Elbio Nestor Suárez Ojeda.

Nesse e noutros livros e artigos encontramos os autores relatando que o conceito de resiliência passou de uma fase de "qualidades pessoais", até ao conceito mais atual de compreendê-la como um atributo da personalidade desenvolvido no contexto psico-sócio-cultural em que as pessoas estão inseridas".

A professora Doutora Sandra Maia Farias Vasconcelos vai além relatando que (...) a ciência tem-se interrogado sobre o fato de que certas pessoas têm a capacidade de superar as piores situações, enquanto outras ficam presas nas malhas da infelicidade e da angústia que se abateram sobre elas como numa rede engodada. Por que certos indivíduos são capazes de se levantar após um grande trauma e outros permanecem no chamado fundo do poço, incapazes de, mesmo sabendo não ter mais forças para cavar, subir tomando como apoio as paredes desse poço e continuar seu caminho?

Para ela as experiências e estudos feitos têm mostrado algumas explicações científicas sobre esse fato. A biologia defende o ponto de vista de que cada ser humano é dotado de um potencial genético que o faz ser mais resistente que outros. A psicologia, por sua vez, dá realce e importância das relações familiares, sobretudo na infância, que construirá nesse individuo a capacidade de suportar certas crises e de superá-las.

A sociologia vai fazer referência à influência do entorno, da cultura, das tradições como construtores dessa capacidade do individuo de suplantar as adversidades. A teologia traz um aporte diferente pela própria subjetividade transcendente, uma visão outra da condição humana e da necessidade do sofrimento como fator de evolução espiritual: o célebre "dar a outra face". Mas foi o cotidiano das pessoas que passam por traumas, que realmente atravessam o vale das sombras, o que realmente atraiu a curiosidade de cientistas do mundo inteiro.

Não são personagens de ficção que se erguem após a grande queda; são homens, mulheres, crianças, velhos, o individuo comum do mundo que retoma sua vida após a morte de um filho, a perda de uma parte de seu corpo, a perda do emprego, doenças graves, físicas ou psíquicas, em si mesmo ou em alguém da família, razões suficientes para levar um individuo ao caos. Esses que são capazes de continuar uma vida de qualidade, sem auto-punições, sem resignação destruidora, que renascem dos escombros, esses são seres resilientes.

Tomei estes dois estudiosos George Sousa Barbosa e Sandra Maia Farias Vasconcelos para falar que é importante sabermos nos refazer. Quando erramos, voltar e nos retratarmos, porque se um erro ocorre, é o mínimo que podemos fazer. Em artigos anteriores não citei as fontes e aqui me retrato. Meu especial pedido de desculpas ao célebre profissional Carlos Alberto de Faria respeitável senhor com quem muito aprendi com este episódio. Que um deslize pode ter conseqüências muito expressivas. Meu pedido público de desculpas a ele.

Fonte: O Autor
 
Por:  Cléber Lopes     |      Imprimir