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Escola na Fonte Nova não terá aula, após desastre.
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Colégio tinha 600 alunos e funcionava embaixo das arquibancadas. Estudantes ainda não sabem onde concluirão o ano letivo
Foto: google O acidente ocorrido no Estádio da Fonte Nova, em Salvador, no domingo (25), trouxe à tona uma outra situação de perigo. Uma escola estadual que funcionava embaixo das arquibancadas precisará ser transferida.
A escola da Fonte Nova tem cerca de 600 alunos nos ensinos médio e fundamental. As aulas estão suspensas e os estudantes ainda aguardam uma definição da Secretaria Estadual de Educação para saber onde concluirão o ano letivo.
Assim como o estádio, a escola apresenta problemas estruturais aparentes. Nos corredores, a ferragem do teto está exposta. O forro de gesso tem muitos buracos. Da escola, é possível ver a tubulação enferrujada do estádio.
Além da escola estadual, as escolinhas mantidas na Fonte Nova, que oferecem aulas de esporte de graça, foram fechadas após o acidente.
Acidente
A queda de parte de um degrau da arquibancada do Estádio da Fonte Nova, no domingo, matou sete pessoas. No momento do acidente, pelo menos 60 mil pessoas comemoravam o empate por 0 a 0 entre Bahia e Vila Nova, resultado que garantiu acesso do time baiano ao Campeonato Brasileiro da Série B.
Além da queda de parte da estrutura, houve tumulto entre torcedores após a partida e mais de 40 pessoas ficaram feridas. O estádio foi interditado por tempo indeterminado.
A Associação dos Defensores Públicos da Bahia ofereceu assistência jurídica a familiares e vítimas da tragédia.
Alerta
O risco de acidentes no estádio foi previsto por arquitetos, engenheiros e promotores. Há quase dois anos, o Ministério Público da Bahia vinha alertando para os problemas da Fonte Nova. Os promotores chegaram a pedir a interdição do estádio.
Há três meses, o sindicato nacional das empresas de arquitetura e engenharia fez uma avaliação nos principais estádios brasileiros. Eles queriam saber como estão as praças esportivas para a Copa de 2014. Dos 29 estádios avaliados, a Fonte Nova ficou em último lugar e apresentou as piores condições de segurança.
Na época, os técnicos do sindicato encontraram problemas em quase todas as dependências do estádio. O arquiteto Carl Von Hanenschild disse que muitos outros degraus da arquibancada poderiam ter caído também, mas a tragédia poderia ter sido evitada. Segundo ele, a Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb) sabia das condições do estádio. O órgão afirma que não foi alertado.
Fonte:
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Por:
Giulliano Maurício Furtado |
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