Categoria Informativo  Noticia Atualizada em 01-12-2007

Número de infectados pela Aids no mundo cai 17,5%.
Número foi revisto pela ONU, que refez as contas de contaminados na Índia. No país, um trem vai percorrer 27 mil quilômetros para informar a população
Número de infectados pela Aids no mundo cai 17,5%.
Foto: Divulgação

No Dia Mundial de Luta Contra a Aids, a população mundial foi às ruas para celebrar o dia de combate à doença e comemorar a redução no número de infectados: segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o número de pessoas vivendo com Aids caiu de 40 milhões para 33 milhões.

O principal motivo da mudança foi uma revisão no número de pessoas contaminadas pelo vírus da Aids na Índia. O país lançou neste sábado (1º) a maior campanha de conscientização social contra a Aids no mundo. Na capital, Nova Déli, foi inaugurado um trem que vai percorrer 27 mil quilômetros para levar informações e tirar dúvidas da população.

A China também deu um passo importante na luta contra a doença. A polícia não vai mais prender mulheres que levarem camisinha na bolsa. As autoridades chinesas consideravam sinal de prostituição uma mulher andar na rua com preservativos.

Uma cerimônia religiosa foi realizada à meia-noite em Nova York para lembrar a data. O número de pessoas infectadas ainda é muito alto, apesar dos progressos do tratamento e da prevenção da doença.

Uma série de eventos foi realizada em todo o mundo. Na Tailândia, o governo deu início a uma campanha para conscientizar os jovens da importância do uso da camisinha. Nas Filipinas, centenas de pessoas saíram às ruas para pedir o fim do preconceito contra os soropositivos.

Em vários países da África, continente que mais sofre com a doença, o dia também foi de propaganda contra a Aids. Na África do Sul, os ativistas pediram mais investimentos, principalmente na prevenção da transmissão da doença de mãe para filho.

Números assustam
A pandemia da Aids mata a cada dia mais de 5.700 pessoas em todo o mundo e contamina outras 6.800. Na América Latina, segundo a agência da ONU dedicada a esta enfemidade (Unaids), 100.000 novas pessoas foram contaminadas com o vírus em 2007, o que situa a taxa de infectados em 1,6 milhões. Além disso, 58.000 pessoas morreram no último ano. Aproximandamente, um terço de todas as pessoas que convivem com o HIV na Ámerica Latina residia no Brasil, em 2005.

No entanto, segundo um estudo apresentado recentemente pelo ministério brasileiro da Saúde, o número de novos casos registrados no Brasil em 2006 mostrava um recuo em relação aos anos precedentes: 32.628 novos casos notificados. Em 2002 foram 38.816 casos.

Em 2007 no mundo, 2,5 milhões de pessoas, entre elas 420.000 crianças de menos de 15 anos, foram infectadas pelo vírus da aids (HIV) elevando seu número a 2,1 milhões; entre eles 330.000 com menos de 15 anos, morreram.

A Síndrome da Deficiência Imunológica Adquirida (Aids) matou 25 milhões de pessoas desde a aparição da doença em 1981 e continua atingindo várias regiões do mundo, sobretudo na África Subsaariana, onde as mulheres são maioria.

Atualmente, a África Subsaariana concentra dois terços dos novos infectados, ainda que seu número tenha diminuído ligeiramente: 1,7 milhão por ano atualmente contra 2,2 milhões em 2001. Nessa região, existem mais de 22 milhões de pessoas que convivem com o vírus HIV, o que equivale a 68% do total mundial.

Na Ásia, há 4,9 milhões de afetados e o Caribe segue como a segunda região do mundo afetada, já que 1% dos adultos convive com o vírus.

Por outro lado, a Onuaids destacou que a expansão da doença entre jovens grávidas retrocedeu em 11 dos 15 países do mundo mais afetados.

Nos países com poucos recursos, o número dos que podem ter acesso a um coquetel de medicamentos aumentou 545 entre 2005 e 2006.

Apesar destes progressos, somente 28% dos que necessitam de um tratamento de urgência para sobreviver teve acesso a ele em países pobres, segundo um balanço conjunto da Onuaids, Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo da ONU para infância (Unicef).

Existem importantes obstáculos que devem ser superados para conseguir o acesso universal em 2010, o que implicaria em garantir, daqui a três anos, antiretrovirais a 9,8 milhões de pessoas nos países em desenvolvimento.

Fonte:

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Por:  Giulliano Maurício Furtado    |      Imprimir