Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 06-12-2007

PSIU, PSOL?
Para a senhora Heloísa Helena que estará no Centro Universitário São Camilo (Cachoeiro) dando uma palestra onde, certamente
PSIU, PSOL?
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Para a senhora Heloísa Helena que estará no Centro Universitário São Camilo (Cachoeiro) dando uma palestra onde, certamente, falará de ética, direitos humanos e justiça entre outras falácias.

Subtítulo: Dois pesos, duas medidas ou Quem com porcos se mistura, farelo come.

Achille Lollo é italiano. Em 1973, seu país vivia os Anos de Chumbo e ele militava no Partido Operário. Num episódio que chocou a Itália, Lollo e dois companheiros de partido jogaram 5 litros de gasolina por baixo das entradas do pequeno apartamento onde Mario Mattei, sua mulher e seus seis filhos moravam na rua Bibbiena, no bairro operário de Primavalle em Roma. E atearam fogo. Mattei trabalhava como gari e era secretario da seção do MSI (Movimento Social Italiano, de "direita") no bairro. O casal conseguiu escapar, junto com quatro filhos. Mas Virgilio, de oito anos, não conseguiu sair de seu quarto. Seu irmão Stefano, 14 anos mais velho, tentou salvá-lo. Ambos morreram queimados.

O atentado ficou conhecido como Rogo di Primavalle (incêndio de Primavalle). Em 1987, Achille Lollo e dois companheiros de partido foram julgados e condenados a 18 anos de prisão. Porém, Lollo fugiu da Itália para, anos depois, reaparecer no Brasil. Em 1993, o governo brasileiro se negou a extraditá-lo e ele vive até hoje no país.

Em 2003, o crime de Achille Lollo completou 30 anos e, pelas leis italianas, prescreveu (sua pena deixou de ter efeito). Entretanto, familiares das vitimas e grupos políticos italianos recolheram assinaturas e pressionaram a Justiça, que no ano passado declarou inválida a prescrição do crime. Ou seja: Lollo ainda tem uma pena de 18 anos para cumprir na Itália. Contudo, continua livre no Brasil (a leniência da Justiça brasileira não é novidade. Vide o caso Ronald Biggs).

Em 2004, Achille participou, junto da senadora Heloísa Helena, da fundação do PSOL (Parido Socialismo e Liberdade?), partido do qual é um dos principais ideólogos. Não há notícia de que algum dirigente da legenda se incomode com sua militância. A senadora Heloísa Helena critica o presidente Lula por ser aliado de José Dirceu e outros. Ela que era filiada (cooperou com a criação e ascensão) do PT. Eu nunca, embora tenha votado no Lulla e confesso-me tão decepcionado quanto ela. Nada mais justo do que perguntar a ela, senadora e candidata a presidente do Brasil, o que ela tem a dizer do Achille Lollo.

Manoel Manhães - mcmanhã[email protected]

    Fonte: O Autor
 
Por:  Manoel Manhães    |      Imprimir