Categoria Geral  Noticia Atualizada em 30-12-2007

Águas-vivas ferem 300 banhistas na Praia Grande
Organismos são capazes de provocar queimaduras e principais vítimas são crianças
Águas-vivas ferem 300 banhistas na Praia Grande
Foto: Adalberto Marques/ A Tribuna de Santos

Cerca de 300 banhistas, entre adultos e crianças, ficaram feridos entre sexta-feira (28) e sábado (30) na Praia Grande, após contato com águas-vivas. O movimento nos prontos-socorros Central e Quietude ficou intenso e a maioria das pessoas se queimou na região das praias entre Guilhermina e Ocian.

Apesar do problema, todas as praias do município são consideradas próprias para banho neste domingo (30), de acordo com a Companhia de Tecnologia de Saneamento Básico (Cetesb). A maioria das ocorências nos dois primeiros dias foi registrada depois das 14h, de acordo com funcionários das equipes de resgate. Os prontos socorros montam salas específicas para atendimento a esses casos.

Águas-vivas são organismos de corpo mole, gelatinoso e transparente, dotados de células urticantes, capazes de provocar queimaduras em humanos. Segundo o médico Adriano Bechara, secretário-adjunto de Saúde de Praia Grande e diretor técnico do Hospital Municipal de Praia Grande, apesar da quantidade de pessoas feridas, mais de 95% dos casos foram considerados sem gravidade.

É considerado grave o caso em que a queimadura provoca alergias. "Porém, mesmo os casos que exigiram aplicação de antialérgico não foram muito graves, pois não foi registrada nenhuma ocorrência de choque anafilático, provocado pela reação do organismo humano à neurotoxina liberada pela água-viva. Essa é a nossa maior preocupação", disse Bechara.

A maioria das pessoas feridas são mulheres e crianças. Quando a criança toca na água-viva, normalmente é socorrida logo em seguida pela mãe, que também se queima. O Corpo de Bombeiros informou ainda que, em função do forte calor, é comum a incidência de grande quantidade de águas-vivas, que vivem em colônias. Estas colônias estão se espalhando pelas praias da cidade.

Funcionário da equipe de resgate do Pronto Socorro de Quietude, Cláudio Casadei afirma muitas pessoas chegam chorando de dor, mesmo quando o ferimento é leve. "A quantidade de casos é grande", disse ele. Ele afirma que o problema se espalha pela orla de Praia Grande e isso dificulta o alerta aos banhistas.

Águas-vivas ferem 300 banhistas na Praia Grande. Organismos são capazes de provocar queimaduras e principais vítimas são crianças. Maioria das pessoas se queimou na região das praias entre Guilhermina e Ocian.

Fonte:

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Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir