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Teste de DNA comprovará identidade de garoto refém das Farc

Emmanuel, de 3 anos, nasceu no cativeiro dos guerrilheiros

As autoridades colombianas esperam o resultado dos exames de DNA para esclarecer se o menino que está sob os cuidados de uma organização governamental é Emmanuel, o garoto seqüestrado cuja libertação tinha sido prometida pelos guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Emmanuel, que nasceu no cativeiro há cerca de três anos, é o filho de Clara Rojas, outra refém das Farc, com um guerrilheiro do grupo.

O procurador-geral colombiano, Mario Iguarán, afirmou hoje que um grupo de especialistas já recolheu as amostras entre os parentes de Clara Rojas que estão em Caracas, onde esperavam a libertação de Emmanuel, de sua mãe e da ex-parlamentar Consuelo González. Entre os familiares estão Clara González de Rojas, mãe da ex-candidata à Vice-Presidência seqüestrada em 2002 pelas Farc, e Ivan, irmão da refém.

Iguarán informou que os resultados dos testes que determinarão se o menor que foi entregue ao Instituto Colombiano de Bem-estar Familiar (ICBF) em 2005 é Emmanuel levarão mais de dez dias.

No dia 31 de dezembro de 2007, quando se esperava a libertação dos três seqüestrados, o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, surpreendeu ao revelar a hipótese de que um menino que está no ICBF pode ser o filho da ex-candidata. Ele afirmou que o grupo guerrilheiro não libertaria os reféns porque não estava com Emmanuel, que teria sido entregue ao organismo estatal em precárias condições de saúde em San José, capital do departamento de Guaviare.

O ministro da Defesa, Juan Manuel Santos, está "certo de que os exames de DNA vão comprovar que Emmanuel é a criança que está no ICBF" e ressaltou que "não é a primeira vez que as Farc enganam o mundo".

A hipótese de Uribe sobre o menino foi posta em dúvida pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, que o acusou de "atrapalhar" o processo.

O alto comissário para a Paz da Colômbia, Luis Carlos Restrepo, reiterou hoje que o governo decidiu divulgar a hipótese porque era um "assunto que comprometia o Estado" e afirmou que tem medo de "as Farc estarem enganando o presidente Hugo Chávez".

No entanto, um site que costuma divulgar declarações das Farc acusou o governo americano de estar por trás do fracasso da operação e garantiu que o país tentará manipular os resultados dos testes de DNA.

Teste de DNA comprovará identidade de garoto refém das Farc.

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Por: Felipe Campos | Imprimir